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quarta-feira, 9 de março de 2011

Palavra do Pr. Gustavo Bessa

 Oi gente, aqui é o Gustavo.

Há alguns dias, voltamos para Dallas. Tempo de aprendizado e crescimento em todas as áreas da vida. Diferentemente da Ana, sou mais introvertido e calado. Gosto do silêncio e de estar sozinho. Prefiro os retiros aos eventos; o silêncio, ao barulho; as montanhas, às plataformas; os desertos, às festas. Alimento a  minha espiritualidade no retiro, no silêncio, na quietude e na solidão. Agora, por exemplo, são duas horas da manhã. Vim para o escritório a fim de estar a sós com Deus no silêncio da noite do Texas. Mas enquanto do lado de fora reina o silêncio, do lado de dentro, o meu coração continua cheio de palavras, lembranças, perguntas e pensamentos. Nem sempre é fácil aquietar a alma e silenciar o coração… E muitas vezes, o esforço  é em vão. O coração quer falar, gritar, pensar, redirecionar a vida e chamar a nossa atenção para outros valores, outrora esquecidos, deixados dentro da gaveta da nossa alma.

Aqui em Dallas vivemos o ordinário, o comum, o corriqueiro da vida humana. Não existem grandes decisões a serem tomadas, sermões a serem preparados, cultos onde iremos cantar ou pregar, reuniões e mais reuniões para decidir alguma questão “importante.” Existe, pelo contrário, uma criança de 1 ano que precisa que alguém lhe troque a fralda suja de coco (às vezes, 6 vezes por dia!), um menino de 4 anos que deseja brincar e entrou na fase dos porquês (“Pai, por que eu tenho que entrar no carro? Por que eu tenho que sair do carro? Por que eu tenho que comer agora? Por que eu não posso comer chocolate no almoço? E mais outros 502 porquês em um único dia!); existe também uma cozinha que precisa ser arrumada, louças que devem ser lavadas, roupa suja para ser colocada na máquina, contas que precisam ser pagas, horas dirigindo pelas rodovias de Dallas e uma rotina diária totalmente ordinária!

Percebo, hoje, que é mais fácil alimentar a minha espiritualidade no meio do (vou chamar de) extraordinário, a saber: na intensidade da vida ministerial, nas atividades da igreja, nos – às vezes – extenuantes trabalhos diários, nas imensas pressões por causa das decisões urgentes, e, então, nos retiros, nos jejuns, nos momentos diários de solitude, nos períodos dedicados à meditação nas Escrituras. (De alguma maneira, todas essas atividades pareciam me encher de significado e me levavam a algum senso de importância. Sentia-me importante quando me reunia com outros para tomar uma decisão urgente, ou quando pregava no culto, ou aconselhava uma pessoa, ou instruía algum irmão, ou preparava-me em períodos de oração e jejum. A espiritualidade parecia alimentar-se muitas vezes desse extraordinário, da vida intensa, das coisas novas, dos desafios, dos projetos, das realizações e da expectativa daquilo que aconteceria no dia seguinte.)

A espiritualidade do ordinário, por outro lado, se desenvolve nos lugares comuns e na rotina diária. Ela nos convida a sondar o coração e a nos encontrarmos com Deus na cozinha, lavando louça; na sabedoria e mansidão, ao respondermos aos 502 porquês do filho de 4 anos;  no serviço (longe dos olhos da multidão), quando trocamos a sexta fralda suja de coco; na paciência, quando somos constantemente interrompidos naquilo que estamos fazendo. A espiritualidade ordinária nos leva da cozinha ao quarto; do quarto ao banheiro; do banheiro ao supermercado; dos púlpitos à sala de estar; das plataformas à lavanderia; dos encontros com pessoas públicas aos encontros com a nossa esposa e filhos pequenos; dos lugares onde todos nos vêem aos lugares onde apenas Deus nos vê.

fonte blog da Ana

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma palavra de comunhão com Deus - Paul Washer


Cantares de Salomão capítulo 5 verso 2. Esta jovem noiva de Israel está a dormir. “Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite.”
Ela dormia e o seu amado apareceu. Vamos recriar isto por um momento...
Lembras-te quando pela primeira viste a tua mulher? Lembras-te disso e tens... sentiste-te algo estranho? Talvez tenhas visto estrelas. O teu coração bateu depressa quando ela olhou para ti. Farias qualquer coisa para a ver. Arranjavas qualquer razão para ir lá visitá-la. Se fosse preciso até cortavas a relva do jardim do pai dela. Farias qualquer coisa só para... se o telefone tocava o teu coração saltava.
Depois casam-se, e ela vem ter contigo à noite e diz, “Querido...”
E tu, “Que é que foi?”
Algo mudou, não? Se mudou, estás em pecado.
Não te apercebeste disso pois não? Não é triste quando o amor se torna banal? Eu odeio isso. Odeio.
Apenas como uma nota de rodapé... vocês sabem, todos querem ser aquele grande homem de Deus. Eu só quero acabar a minha vida a amar a minha mulher como é suposto que ame. Imagino que se conseguir fazer isso, consigo qualquer coisa.
Mas o amor, quando se torna banal, é tão errado. É tão errado.
Lembram-se de quando creram pela primeira vez? Bem, vamos continuar.
Diz, “Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite.”
Agora vejam a resposta dela. Quando ela viu este homem, faria qualquer coisa para estar com ele. Era capaz de pôr um cesto na cabeça e andar pelo mercado o dia todo, na esperança de encontrá-lo.
Mas agora que ela o conhece, agora que o amor se tornou banal, olhem o que ela diz:
“Já despi a minha roupa, como a tornarei a vestir? Já lavei os meus pés, como os tornarei a sujar?” Estou cansada. Já tirei a roupa e os sapatos. Estou na cama. Esperas mesmo que faça isso tudo agora só para te abrir a porta?
Lembram-se de quando eram cristãos há pouco tempo? Lembras-te? Estudavas a Bíblia na esperança de ouvir algo de Deus. Oravas, esperavas que Ele partilhasse algo contigo. E se não partilhasse, inventavas outra desculpa só para te sentires bem, porque só querias estar com Ele. Querias conhecê-lO. Onde quer que fosses, tudo o que podias pensar era sobre Ele.
Mas agora és maduro. Agora és um cristão forte. Agora Ele vem de noite e diz, “Passa tempo Comigo.” “Senhor, estou cansado. Estive a ministrar. Senhor, trabalhei o dia todo. Há coisas a fazer.”
Lembras-te quando apuravas o ouvido, à espera de ouvir uma palavra dEle?
Agora Ele fala bem alto: “Vem, anda embora Comigo,” e tu finges que Ele não está a falar.
Uma vida cristã não é ministério. A vida cristã não é cumprir regras.
A vida cristã nem é apenas avivamento. A vida cristã é comunhão com Ele. E é isto que precisas mais do que tudo. É o que preciso mais do que tudo. É comunhão com Cristo, sentar, quieto, estar ali aos Seus pés, estudar a Sua Palavra, orar, buscar a Sua face. Uma das coisas que me levou a saber que realmente tinha que casar com a mulher que casei, foi perceber que me podia sentar ao lado dela sem fazer absolutamente mais nada, e isso era melhor do que fazer alguma coisa sem ela.
Quando foi a última vez que te sentaste em silêncio diante de Deus? Com grande pensamentos sobre Deus? A dizer-Lhe coisas ternas? Ouvir, deleitar-se, elevar-se,...? Sabem que a maioria das pessoas diz, “Irmão Paul, não consigo orar muito”?
E, depois de lhes falar sobre as suas vidas de oração, percebo porque não conseguem. Porque reduzem a oração apenas à intercessão. E é por isso que não conseguem orar.
Meu querido amigo, deixa-me dizer uma coisa. Achas que orar é difícil? Intercessão é difícil. É uma tarefa que fazemos com as botas calçadas. E se a tua vida de oração é só intercessão, não vais orar muito porque isso é ministério. É difícil interceder pelas pessoas, pelas nações, pelo reino, “estar na brecha”. É difícil. Mas não é o todo, na vida de oração.
Oração é acções de graças. É buscar, é lembrar, pensar no dia que passou, tentar ter certeza que nada te passou ao lado, mas dar graças a Deus por todas as coisas.
É confissão. Confissão é maravilhosa. Maravilhosa.
Robert Murray McCheyne disse isto... Disse, “Quando entramos na banheira, não lavamos por partes. Lavamos o todo. É o mesmo com a confissão.”
Alguns de vocês, agora mesmo... a vossa consciência está pesada. Não se sentem limpos. Não se sentem livres. Sentem-se sujos. Quando te começas a sentir assim, sabes qual é o problema? Precisas sentar-te, ouvir, ler a Palavra, clamar a Deus para examinar o teu coração. E tudo o que Ele traz à tua mente que é pecado, precisas confessar, confessar, confessar, e ficar ali até estares limpo. Isto é confissão.
Mas, mais do que tudo, é comunhão. Comunhão. Sentar-se no escuro, meditar num texto e pensar grandes coisas sobre Deus. Esse é o teu prazer, é a tua herança. Esse é o teu direito à nascença, para que O possas “conhecer “e a Jesus Cristo, que Ele enviou”.
Então, a primeira coisa que queria partilhar convosco é que uma das tuas grandes necessidades, e minha também, é ter constantemente prazer no Senhor, constantemente ir para longe com Ele, calar-se perante Deus.
Vais fazer isso? Vais obedecer? Arrependeste-te? Vais te arrepender? Vais obedecer e começar a buscar o teu Deus?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Senhor sem Ti não vivo (Poema)

Senhor me perdoe, perdoa este miserável pecador, tenha misericórdia da minha vida, tem compaixão de mim Senhor.
Eu que sou tão necessitado de Ti, que não sei andar sem Ti, não sei falar sem Ti, não sei fazer nada sem Ti.
Senhor se for pra viver sem Ti... Nada adianta, tudo acaba, tudo cai, tudo desaparece, nada vai ter valor algum, nada vai fazer sentido.
Não viverei, serei como um zumbi que por fora é horrível e por dentro é morte.
Não sei, não consigo, não quero, não suporto e nem quero pensar em viver sem Ti.
Oh, perdoe Senhor, este miserável pecador, que é tão falho e insensível a Tua palavra, que peca todos os dias e ainda pensa que é alguma coisa.
Senhor me humilho no pó e na cinza, me contristo diante de Ti e choro amargamente pelos meus pecados. A verdade é que muitas das vezes nem choro, e isso só faz me mostrar mais ainda a dureza de  meu coração que é tão enganador e perverso, mas que ao mesmo tempo não sabe viver sem Ti, oh Senhor perdoa-me.


Deus abençoe a todos.

Jhonathan Alves

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Agradecimento a Igreja Batista de Groaíras

Amados desejo externar a gratidão que nós, Jhonathan, Jonas e Max, sentimos para com nossa Igreja Mãe, Igreja Batista de Groaíras.
Este é um pequeno agradecimento aqueles a quem que nós amamos.

Queremos agradecer antes de tudo a Deus que nos salvou deste mundo perverso, mergulhado no pecado e nos transportou para o reino do filho do seu amor, e colocou-nos nesta Igreja rodeados de verdadeiros amigos, onde conhecemos a Deus e crescemos muito em espiritualidade e maturidade, tanto como cristãos como pessoas. Foi nesta Igreja que Deus nos mostrou o quanto o poder Dele opera neste mundo, posso dizer isto com prioridade, pois o modo como eu e minha família nos convertemos a Deus, foi uma grande prova do seu eterno poder. Também foi nesta Igreja onde vivi muitos momentos marcantes em minha vida, tantos momentos alegres como momentos tristes, mas o que marca é que não importa as circunstâncias dos momentos, e sim a presença de Deus em nossa vida e uma grande família Batista ao nosso lado.

Obrigado Senhor por esta Igreja.
Obrigado Igreja Batista por nos acolher, orar por nós e nos amar com o amor de Deus.
Obrigado Geração de adoradores pelo crescimento, companheirismo, amizade e carinho.
Obrigado Embaixadores pelo exemplo de homens chefes de famílias, que mesmo sendo homens ocupados, desempenham um trabalho muito importante e útil para Deus.
Obrigado Fiéis de Cristo por darem o exemplo para as moças de como deve ser uma mulher de Deus.
Obrigado crianças por nos ensinar a adorar com espontaneidade e ser humilde.
Obrigado Ministério de Louvor Hiel por nos ensinar a ter perseverança em não desistir do ministério que Deus coloca em nossas mãos e o dever dos verdadeiros adoradores.
Obrigado Presidentes, Secretários, Tesoureiros e Diáconos por nos ensinar a ser abundantes, sempre constantes na obra do Senhor sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor.
Obrigado Pastor Eronildo por ser para nós um grande exemplo de homem de Deus que queremos seguir, comprometido com Deus e Sua Palavra, um grande exemplo de pai, esposo, amigo, companheiro e Pastor, lembro-me das vezes em que eu cheguei pra você falando das lutas que estava passando e sua ajuda foi de grande importância, lembro-me também das vezes também que lhe dei dor de cabeça e trabalho, mas tudo isso serviu para o nosso crescimento. Você e a irmã Elisangela são grandes exemplos de casal pra mim e minha futura esposa, a qual conheci nesta Igreja.
Obrigado a todos os membros da Igreja Batista de Groaíras, obrigado... Muito obrigado.
Sempre me lembrarei de todos vocês e orarei para que Deus conceda a todos crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

Amo vocês e continuem orando por nós, pois precisamos muito das orações dos irmãos.

Que Deus os abençoe em nome de Jesus Cristo, amém.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Uma Palavra aos jovens



Amados, agradeço a Deus por este blog estar sendo usado por Deus para edificar suas vidas.
Esta breve mensagem é de uns dos pregadores que eu mais admiro, Paul Washer. Espero que esta Palavra aos jovens venha fazer você meditar acerca de sua vida jovem.





















LEMBRE-SE DA BREVIDADE DA VIDA
O primeiro homem foi criado à imagem de Deus. Se ele tivesse se submetido à vontade de Deus, ele teria sido imortal. Ele passaria pelos anos da sua interminável existência de força a força, sem deterioração ou decadência.
A passagem do tempo o teria levado a maiores níveis de maturidade, contentamento, e alegria. Sua existência teria abundado com propósitos e glória.
Com o advento do pecado, tudo foi perdido, e a existência dos homens tornou-se tragicamente distorcida e deformada acima de reconhecimento. O homem ficou um mortal de breve duração, cansaços, e futilidades. Ele agora vive a sua vida até que toda a sua vitalidade é esgotada, todos os seus propósitos são demolidos, e o corpo finalmente volta ao pó do qual ele veio. Não é sem razão que o pregador grita, “Vaidade de vaidades! Tudo é a vaidade” (Eclesiastes 1:2).
Como um moço ou moça, você deve constantemente lutar contra a tentação de esquecer-se da brevidade da vida e da vaidade, até da vida mais longa, vivida fora da vontade de Deus. Você deve aprender das Sagradas Escrituras que a sua vida é menos que um vapor. Você deve ficar convencido desta verdade, e, então, você deve estabelecê-la diante de você como um lembrete constante. Você é mortal e os seus dias são numerados! “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.
“(Salmo 103: 15, 16; ACF).
“Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se
dissipa.” (Tiago 4: 14; NVI). Você sabe que a Bíblia é verdadeira. Você sabe que a morte é uma certeza para você. Cada lápide e elegia testemunha a realidade inescapável que você vai morrer. E mesmo assim, como é que você tão rapidamente se esquece e se entrega às vaidades passageiras desta vida? É porque você é rodeado por uma cultura que faz tudo ao seu alcance para evitar algum pensamento sobre o fim de vida. É porque o deus deste século trabalha com toda a sua astúcia para mantê-lo entretido e distraído. É porque, embora você tenha sido remido, você ainda vive em um corpo da carne, decaído, que corre para tudo que é carnal e temporal. Conhecendo essas coisas, você faria bem em memorizar e orar muito a oração de Davi no Salmo 39: 4: “Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou.” (NVI)
Manter a sua mortalidade na frente de seus pensamentos não tem como objetivo ser mórbido ou se lamentar como aqueles que não têm nenhuma esperança, mas compeli-lo a esperar em Cristo somente e dar-se de todo coração à Sua vontade para sua vida. Só em Cristo a sepultura é consumida pela vitória, e a futilidade temporal substituída pelo propósito eterno e glorioso de Deus para você.
LEMBRE-SE DO SEU CRIADOR
Conhecendo algo da brevidade da vida, “Como então viveremos?”. O escritor de Eclesiastes responde a esta pergunta para nós na forma de uma ordem: “
“Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude...” (Eclesiastes 12: 1).
A palavra “lembrar” vem do hebreu “zakar” que significa chamar ou trazer à memória. Esta ordem de lembrar-se de Deus é mais que uma lembrança casual que há um Deus. Ela significa mais do que simplesmente curvar a sua cabeça cada vez que você passa pela igreja. Não é uma ordem cumprida simplesmente indo à igreja cada vez que as portas se abrem. É uma ordem radical e transformadora de vida para conhecermos e entendermos o Deus das Escrituras, reconhecermos a sua soberania em todas as coisas, buscarmos a sua glória em todas as coisas, e esforçarmo-nos para obedecer Ele em todas as coisas.

Que Deus abençôe suas vidas!

Jhonathan Alves

domingo, 16 de janeiro de 2011

PORNOGRAFIA:REALIDADE ,PERIGOS E LIBERTAÇÃO

Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação

por Rev. Augustus Nicodemus, Paulo Brasil, Samuel Vitalino

O Que É Pornografia?

Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que defini-la. De forma geral, podemos dizer que pornografia é a representação da nudez e do comportamento sexual humano com o objetivo de produzir excitamento sexual. Esta representação é feita através de imagens animadas (filmes, vídeos, computador), fotografias, desenhos, textos escritos ou falados. A pornografia explora o sexo, tratando os seres humanos como coisas e, em particular, as mulheres como objetos sexuais.

A palavra pornografia vem do grego e significa literalmente "escrever sobre prostituta". Com o tempo, passou a referir-se a qualquer material, escrito ou gráfico, de conteúdo sexual. O termo é usado hoje de forma negativa. A indústria pornográfica que produz filmes, revistas, vídeos e sites na Internet, prefere usar outros termos, como "material adulto". Esta manobra é um eufemismo que visa retirar deste sórdido comércio a pecha negativa que ele possui.

É importante, porém, fazer uma distinção entre erotismo e pornografia. Existe um erotismo saudável, que consiste na exploração da sexualidade dentro do casamento. O livro de Provérbios nos traz um exemplo disto:

"Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas? Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias. Por que, filho meu, andarias cego pela estranha e abraçarias o peito de outra?" (Pv 5.15-20)

Ou ainda, o livro de Cantares de Salomão:

"Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho" (Ct 1.2).

"Que belo é o teu amor, ó minha irmã, noiva minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho, e o aroma dos teus ungüentos do que toda sorte de especiarias! Os teus lábios, noiva minha, destilam mel. Mel e leite se acham debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidos é como a do Líbano" (Ct 4.10-11).

"Os teus beijos são como o bom vinho, vinho que se escoa suavemente para o meu amado, deslizando entre seus lábios e dentes. Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim. Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei ali o meu amor" (Ct 7.9-12).

Estas passagens mostram que o Senhor nos criou com sexualidade e que a mesma pode ser explorada e desfrutada dentro do ambiente do casamento. A pornografia é diferente, pois visa o excitamento sexual através da exibição de imagens explícitas de sexo, nudez e órgãos sexuais sem fazer qualquer distinção moral ou levar em conta adultério, prostituição, lesbianismo, além de formas pervertidas de relações sexuais.

Breve Histórico da Pornografia

A representação gráfica da nudez humana, bem como das relações sexuais, é algo bem antigo na história do homem. A arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas, que foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra por volta de 1.300 anos antes de Cristo (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia que conhecemos.


Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava escrito que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a Queda (Gn 2.25; 3.7-10).

Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos genitais (Ex 28.42-43), a ponto de existir uma determinação na lei de Moisés de que o sacerdote deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma a deixar que seus órgãos genitais ficassem expostos (Ex 20.26). Cão, o filho de Noé, foi condenado por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere à genitália de forma reservada, usando às vezes eufemismos como "nudez" (Lv 18), "pele nua" (Ex 28.42), "membro viril" (Dt 23.1), "entre os pés" (Dt 28.57) e "parte indecorosa" (1Co 12.23), só para citar alguns exemplos.

Os gregos antigos usavam temas pornográficos em canções empregadas nos festivais em honra ao deus Dionísio, séculos antes de Cristo. Nas ruínas romanas de Pompéia, destruída na erupção do Vesúvio em 79 d.C., há pinturas pornográficas nas paredes de algumas edificações representando órgãos sexuais masculinos e propaganda de serviços de prostituição.

A pornografia também era usada em algumas culturas orientais antigas como Índia, Japão e China. Bastante antiga e amplamente divulgada é a obra Kama Sutra, escrita na Índia por volta do ano 2500 a.C., um manual contendo gravuras das mais grotescas formas de relação sexual. Na Europa medieval, o Decamerão (1353) do italiano Giovanni Boccaccio, obra abertamente pornográfica, tinha grande circulação.

Com o advento da mídia eletrônica em décadas recentes, a pornografia passou a ser um problema social de grandes proporções. O cinema, a televisão, o vídeo e a TV a cabo se tornaram canais poderosos pelos quais todos os tipos de pornografia se tornaram amplamente disponíveis ao grande público. A partir daí a indústria pornográfica cresceu de forma massiva, pois as pessoas passaram a consumir pornografia em suas próprias casas, sem precisar ir ao cinema ou à banca de revistas. Surgiram também jogos pornográficos de computador. E mais tarde, com o advento da Internet, a disponibilidade e a facilidade de acesso à pornografia multiplicou-se de forma inimaginável. Devido ao acesso internacional e ao custo zero de copiar e baixar imagens na Internet, a cyber-pornografia tornou-se a forma mais popular de pornografia hoje.

Os Diversos Tipos de Pornografia

Os estudiosos do assunto, bem como os legisladores, fazem geralmente uma distinção entre diferentes tipos de pornografia, para fins de estudo e compreensão:

1. Softcore – Refere-se a material pornográfico que apresenta imagens de nudez e cenas que apenas sugerem a relação sexual.

2. Hardcore – Contém representação explícita dos órgãos genitais em cópula e de relações sexuais de toda a sorte.

3. Snuff – Fala-se ainda de vídeos snuff, onde pessoas praticam atos sexuais e depois são assassinadas. Entretanto, não se conhece nenhum exemplar destes vídeos que tenha sido distribuído comercialmente.

4. Pornografia infantil – É a representação, sob qualquer forma, de criança em ato sexual implícito ou explícito, simulado ou real, ou qualquer representação dos órgãos sexuais da criança para fins sexuais.

5. Erótica – Algumas feministas fazem uma distinção entre pornografia, que é a sujeição e degradação sexual da mulher através de imagens que representam o homem dominando e humilhando a mulher sexualmente, e a erótica, que é a representação sexual de homem e mulher em posição de igualdade e respeito mútuo.

Estas distinções podem nos ajudar a entender melhor o assunto e a perceber como diferentes pessoas entendem a pornografia. Entretanto, todas as diferentes formas de pornografia têm em comum a exposição pública da nudez e das relações sexuais humanas, com vistas ao despertamento sexual indiscriminado. Por este motivo, os cristãos não devem se deixar iludir por estas distinções, como se alguma forma de pornografia fosse menos errada do que outras.

A Situação Legal da Pornografia em Alguns Países

A pornografia é uma das formas mais polêmicas de expressão. As sociedades vêm debatendo há muito se material pornográfico deveria ser censurado e como fazer a distinção entre nudez artística e pornografia. No ocidente, onde a liberdade de expressão é uma marca distintiva das democracias, o assunto tem se tornado ainda mais agudo. Além disto, discute-se a realidade das conseqüências sociais e psicológicas da pornografia.

A situação legal da pornografia depende do país. A pornografia infantil é considerada ilegal na totalidade dos países. A legislação brasileira define pornografia infantil como sendo "cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente". A pena de reclusão é de um a quatro anos para a produção e publicação da pornografia infantil.

Entretanto, a maioria dos países permite a comercialização e a distribuição de alguma forma de pornografia. No Brasil, bem como na maioria dos países, a pornografia softcore é geralmente permitida nas bancas de revista, videotecas, televisão e cinemas. A hardcore é permitida da mesma forma, mas com algumas restrições, como por exemplo, uma capa de plástico com tarjeta preta para as revistas hardcore. A maioria dos países tenta restringir o acesso de menores à pornografia hardcore, permitindo a sua comercialização somente em seções "adultas" de videotecas, livrarias e em TV a cabo. Entretanto, estes esforços têm se mostrado ineficazes para restringir o acesso da população em geral às formas de pornografia consideradas mais danosas, por causa da grande disponibilidade deste material na Internet e, obviamente, pela inclinação do coração humano a toda sorte de obscenidade.

A maioria dos países ocidentais tem restrições à pornografia que envolva violência e bestialismo (sexo com animais). A Holanda e a Suécia, entretanto, permitem a venda deste material abertamente nos sex-shops e após os 15 anos de idade, os jovens podem assistir filmes pornográficos de qualquer tipo. Na Grã-Bretanha, a pornografia hardcore continua sendo ilegal, embora tolerada. No Japão, até recentemente, a exibição dos órgãos genitais era proibido, e a softcore permitida.

Pode parecer, pelas diferentes atitudes dos países, que os aspectos morais relacionados com o consumo da pornografia seja uma questão cultural. Entretanto, não são apenas questões culturais que levam esses países a restringir ou permitir a pornografia. Questões financeiras e econômicas influenciam os governos. A pornografia é uma grande indústria que gera milhões de dólares anuais em impostos. A venda de material pornográfico em sex-shops – que inclui vídeos e acessórios encomendados pela Internet – representa uma boa porcentagem do dinheiro movimentado pelo e-commerce (comércio pela Internet). E estes números estão aumentando com a crescente enxurrada de obscenidade no mundo.

O Crescimento da Pornografia no Mundo

Uma estatística de 1995 revelou que os americanos gastam mais em pornografia do que em Coca-Cola. Não é difícil imaginar que a situação no Brasil não é muito diferente. Um país antigamente fechado, como a China, em 1993 assistiu a uma enxurrada de material pornográfico em seus limites após ter aberto, mesmo que um pouco, as suas fronteiras para receber ajuda estrangeira. Mensalmente, cerca de 8 milhões de cópias de revistas pornográficas circulam no Brasil. Em 1994 a venda de vídeos pornôs chegou perto de 500 milhões de dólares. Não é de se admirar que as locadoras reservem cada vez mais espaço nas prateleiras para vídeos pornôs. Segundo uma pesquisa em 1992, um em cada quatro brasileiros assistiu a um filme de sexo explícito. O mesmo fizeram 13% das mulheres entrevistadas. Em 1995 esse número dobrou para os homens e aumentou um pouco em relação às mulheres. Recentes estatísticas mostram o crescimento destes números.

Diversos acontecimentos recentes ao redor do mundo indicam o avanço contínuo da pornografia. O mundo está sendo inundado com uma enxurrada de imundícia. Vejamos alguns destes indícios.

1) Os governos aumentam cada vez mais a legalidade da pornografia – Um exemplo é que em abril de 2002 o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogou a Lei da Prevenção da Pornografia Infantil que havia sido promulgada pelo Congresso em 1966. O argumento usado pelo Supremo Tribunal foi que a liberdade de expressão estava sendo suprimida. A decisão reflete a tendência cada vez maior para a legalização de todas as formas de pornografia.

2) As estatísticas mais recentes mostram o crescimento vertiginoso da indústria pornográfica – Segundo estudos publicados em maio de 2002, há mais de 400.000 sites pornográficos na Internet em todo o mundo, e cerca de 70 milhões de pessoas visitam ao menos um site pornográfico por semana.

Este crescimento é atestado por outras estatísticas. Em 2002, o Observatório para a Publicidade do Instituto da Mulher, em Paris, recebeu 710 denúncias contra mensagens sexistas, o dobro das denúncias recebidas em 2000. 80% destas denúncias tinham a ver com a exploração do corpo feminino em propaganda de produtos. Neste mesmo ano, em Bruxelas, a ONU publicou relatório denunciando que milhões de pessoas em todo o mundo – a metade sendo de crianças e uma outra grande parte de jovens mulheres – são exploradas sexualmente, o que obviamente se refere não somente à prostituição, mas à pornografia. Ainda em outubro de 2002, em Barcelona, a Feira Internacional do Cine Erótico exibiu ao vivo relações sexuais pervertidas aos participantes da Feira.

3) O fracasso das estratégias governamentais em conter o avanço da imoralidade – Conforme estudo do Jornal Médico Britânico publicado na Inglaterra em 2002, as campanhas governamentais de prevenção da gravidez de adolescentes estavam fracassando redondamente. A famosa rádio BBC de Londres veiculou em 2002 que o governo inglês estava preocupado por não conseguir conter a enxurrada de material pornográfico que atinge diariamente os adolescentes ingleses pela Internet. De cada dez mensagens que recebem, uma delas é pornográfica ou remete a algum site pornográfico. A mesma frustração do governo inglês certamente se sente nos governos de outros países.

4) A constatação de danos cada vez maiores causados pela pornografia – Continuamente surgem relatórios de diversos quadrantes mostrando novos danos causados pela pornografia. Por exemplo, os estudos do professor Richard Drake da Universidade Brigham Young nos Estados Unidos, indicam que a pornografia pode ter efeitos na mente similares ao da cocaína, produzindo dependência e distúrbios mentais.

Em Paris, numa reunião com mais de 1700 psicanalistas de 31 paises para tratar de novas formas de neuroses, destacou-se o fato de que cresce cada vez mais o número de pessoas viciadas em sexo, um problema que foi considerado como uma enfermidade psicológica, cujas conseqüências são a ruína econômica, problemas no casamento e em relações, problemas no trabalho, ansiedade e depressão.

Todas estas evidências apontam para uma avalanche da imoralidade em todo o mundo, da qual a pornografia é o carro chefe. Além dos evidentes problemas espirituais que a pornografia causa, também contribui largamente para o crescimento da violência em todo o mundo.

Não são poucos os relatórios feitos por comissões de pesquisadores que denunciam a estreita relação entre a pornografia e a crescente onda de estupros, assédio sexual e exploração infantil nos países "civilizados". Vários dos temas mais comuns em pornografia do tipo hardcore incluem cenas de seqüestro e estupro de mulheres, geralmente com espancamento e tortura, além de outras formas obscenas de degradação.


A mensagem que a pornografia passa aos consumidores é que quando a mulher diz "não" na verdade está dizendo "sim", e que se o estuprador insistir, ela não somente aceitará como também passará a gostar. Assim, a violência contra a mulher é exposta como algo válido e normal. Estudos de especialistas mostram que 82% dos encarcerados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes admitiram que eram consumidores regulares de material pornográfico. Só nos Estados Unidos, o número conhecido de estupros pela polícia cresceu 500% em menos de 30 anos, o que corresponde ao aumento da popularidade do material pornográfico e da facilidade para ser encontrado. Cerca de 86% dos condenados por estupro admitiram imitação direta das cenas pornográficas que assistiam regularmente.

Movimentos Anti-Pornografia

O crescimento vertiginoso da disponibilidade da pornografia e os seus efeitos tem levantado reações no mundo todo. As críticas e ataques à indústria pornográfica e aos seus consumidores vêm geralmente de religiosos conservadores e do movimento feminista. Evangélicos e católicos têm atacado fortemente a indústria da pornografia, especialmente nos países onde o cristianismo conservador exerce alguma força política. Os argumentos usados pelos religiosos contra a pornografia é que a mesma é imoral, que o sexo é reservado para o casamento e que a pornografia aumenta o comportamento imoral e a violência da sociedade.

No Brasil há esforços isolados por parte dos evangélicos, já que não têm um representante nacional. Por exemplo, o deputado evangélico Pastor Daniel Marins lançou na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 2001, um projeto de lei que proíbe a exposição de modelos, masculinos ou femininos, despidos ou seminus em placas publicitárias instaladas em vias públicas. Segundo o Pastor Daniel, o projeto é resultado da luta do povo evangélico contra a propaganda aberta e explícita de revistas, produtos e sites na Internet destinados à exploração comercial da nudez e da pornografia, e foi elaborado em conjunto com líderes de diversas denominações, comunidades e associações evangélicas de todo o Estado de São Paulo.

O outro ataque à pornografia vem de uma ala do movimento feminista que a considera como parte da agenda machista, que degrada a mulher e induz à violência contra ela. Esta ala do movimento feminista é contra a pornografia, não por valores morais ou convicções cristãs, mas porque a considera como essencialmente machista, já que são os homens que mais a consomem e são as mulheres as que mais são exploradas e humilhadas nesta indústria. Estas feministas não representam, porém, a totalidade do movimento, onde existem outras feministas que defendem a pornografia.

Existem ainda movimentos isolados, dirigidos por indivíduos ou organizações não governamentais. Um exemplo é Linda Boreman, ex-atriz pornô, que usava o nome de Linda Lovelace. Após abandonar a carreira de estrela pornô, passou a atacar a indústria pornográfica por causa da exploração das mulheres. Outro exemplo é o grupo "Guerreiros Independentes contra a Pornografia Infantil", que se dedica a caçar consumidores e divulgadores da pornografia infantil pela Internet. Existem várias outras organizações sem fins lucrativos batalhando nessa cruzada. Uma delas, chamada de "Exército Cibernético de Caçadores de Pedófilos", tem mais de 10 mil membros cadastrados enviando dicas à polícia. Esses grupos são compostos por Internautas que dedicam seu tempo livre procurando manter contato com consumidores de pornografia infantil pela Internet, para afinal entregá-los à polícia.

Muito embora os ataques à pornografia venham em grande parte dos círculos evangélicos, é uma triste realidade que a pornografia tem suas vítimas também dentro das igrejas evangélicas, como veremos a seguir.

Evangélicos "voyeurs"?

Voyeur é termo usado para descrever aqueles que têm prazer sexual observando outras pessoas nuas ou praticando relações sexuais. O voyeur não interage diretamente com o objeto do seu prazer, mas reage a ele através da masturbação. Este é o nome que se dá geralmente ao consumidor secreto de pornografia. É uma boa descrição para cristãos viciados em pornografia.

Há boas razões para acreditarmos que o número de evangélicos no Brasil viciados em pornografia é preocupante. Pesquisadores estimam que nos Estados Unidos cerca de 40% dos evangélicos estão afetados. Há quem ache que este número é bem maior.


Considerando que no Brasil a facilidade de se obter material pornográfico é a mesma ou até maior que nos Estados Unidos, considerando que a igreja evangélica brasileira não tem a mesma formação protestante histórica da sua irmã americana, considerando a falta de posição aberta e ativa das igrejas evangélicas brasileiras contra a pornografia como acontece nos Estados Unidos, não é exagerado dizer que provavelmente cerca de 50% dos homens evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia.

Talvez esse número seja ainda conservador diante do fato conhecido que os evangélicos no Brasil assistem mais horas de televisão por dia que muitos países de primeiro mundo, enchendo suas mentes com programas que promovem a violência e o erotismo, e assim abrindo brechas por onde a pornografia penetra e se enraíza.

Mais preocupante ainda é a probabilidade de que grande parte desse percentual é de jovens adolescentes evangélicos. Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes haviam aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas. 42% deles disseram que nunca aprenderam qualquer coisa sobre o assunto através de seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos 6 meses. Uma extrapolação, ainda que conservadora, para a realidade das igrejas brasileiras é de deixar pastores e pais em estado de alerta!

Aqui no Brasil, segundo pesquisa da revista Eclésia em setembro de 2002, feita entre jovens evangélicos de 22 denominações, 52% deles já praticaram sexo pré-marital. Destes, cerca da metade mantêm uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros.


A idade média em que perderam a virgindade é de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças, o que coloca as igrejas evangélicas cada vez mais próximas dos padrões mundanos. Um detalhe: estes jovens foram todos criados nas igrejas! Infere-se que em comunidades evangélicas onde as noções de moralidade são tão mundanas quanto as dos incrédulos, não é para duvidar que o consumo de pornografia seja corrente, aceitável e tolerado.

É preciso ainda notar que não são somente os homens que consomem pornografia. Mulheres cristãs também incorrem neste hábito, embora certamente numa proporção menor. Uma evangélica que se identifica como "Solitária" dá o seguinte depoimento num site evangélico: "Tenho 30 anos de idade e nunca consegui casar. Pensei que tinha direito de ser sexualmente feliz, mesmo que o Senhor não tenha me dado um marido.


Isto me levou a uma longa e profunda batalha com a masturbação e a pornografia na Internet. No ano passado, quebrantei-me após ouvir um sermão sobre pureza sexual em minha igreja. Após isto, comecei um curso de 60 dias baseado em leituras da Bíblia e acompanhamento de um mentor. Finalmente me vi livre. Também coloquei um filtro contra a pornografia em meu computador”.

Escândalos envolvendo líderes evangélicos revelam abertamente uma outra face do problema. Há pastores evangélicos que também são viciados em pornografia. Por causa do receio de serem apanhados e de estragarem seus ministérios, muitos pastores preferem optam por consumir pornografia como voyeurs do que praticar o adultério de fato, embora alguns acabem eventualmente caindo na infidelidade prática.

Uma mulher escreve num site evangélico: "Sou divorciada, mãe de três adolescentes. Fui casada por dez anos, até que meu marido, pastor, teve um caso extra-marital. Ele era viciado em pornografia desde os doze anos de idade e lutou contra isto por muitos anos."

Há diversos artigos sobre pornografia publicados em revistas americanas e européias de aconselhamento pastoral abertamente dirigidos a pastores viciados em pornografia, visando ajudá-los. Uma destas revistas, Leadership, realizou uma pesquisa entre pastores de diversas denominações evangélicas e chegou a conclusões terríveis: a cada dez pastores, quatro já haviam visitado um site pornográfico. As seguintes perguntas e respostas compuseram a pesquisa:

Você já visitou um site pornográfico na Internet?

57% Nunca
7% Faz mais de um ano
9% Uma vez no ano passado
21% Algumas poucas vezes no ano
6% Duas vezes ao mês ou mais


Em geral, segundo Leadership, pastores que gastavam mais tempo diante da Internet eram os que mais provavelmente visitariam sites pornográficos.

Pastores são vulneráveis à tentação de entrar num site pornográfico como qualquer outra pessoa. No caso deles, talvez sejam ainda mais vulneráveis. O isolamento e a solidão geralmente acompanham o ministério pastoral. Além disto, muitos pastores negligenciam seus casamentos dedicando-se por demais às demandas do ministério.

Alguns pastores podem cair nesta armadilha satânica simplesmente por curiosidade em saber o que membros da sua igreja estão consumindo na Internet e acabam sendo atraídos e enlaçados pelo poder da pornografia. Além do mais, líderes que jamais ousariam entrar numa videoteca para adquirir um vídeo pornográfico, no segredo e intimidade de seus lares e escritórios acabam cedendo às facilidades da cyber-pornografia, que é acessível, barata e anônima. As igrejas devem orar por seus pastores e líderes para que sejam livres de toda tentação.

Análise Crítica dos Argumentos em Favor da Pornografia

Existem diferentes argumentos usados para defender o consumo livre da pornografia. Analisemos alguns deles.

1) A pornografia como arte – Os defensores deste ponto de vista argumentam que a maldade está na mente dos que vêem material pornográfico. Em si, defendem eles, a pornografia simplesmente explora a beleza natural da nudez humana e das relações sexuais, e deveria ser vista como arte. Os que sustentam este ponto insistem que a nudez é inofensiva e também uma forma de arte.


Entretanto, este argumento erra ao deixar de reconhecer que a indústria pornográfica produz bastante material sexualmente explícito onde a mulher é degradada e humilhada, onde o foco são os órgãos genitais humanos, onde adolescentes são violentados e a sodomia e o homossexualismo são divulgados. Se por um lado a nudez humana é bela, após a Queda (pecado de Adão e Eva) o Criador determinou que ela fosse encoberta (Gn 3.21), pois a inocência em que esta beleza podia ser apreciada e desfrutada (Gn 2.25) foi corrompida pelo pecado (Gn 3.7-11). A nudez, como preparação para o ato sexual, fica reservada para o casamento (cf. Levítico 18).

2) A Bíblia está muito mais preocupada com dinheiro e materialismo do que com nudez e cobiça – De acordo com este argumento, os cristãos conservadores são obcecados contra a pornografia que existe nos filmes, mas esquecem que estes também divulgam muita violência, materialismo e bruxaria. Entretanto, o argumento não é inteiramente verdadeiro. Embora a Bíblia tenha muitas passagens contra o mal uso do dinheiro, ela também tem muitas passagens contra a imoralidade sexual e a impureza mental. Devemos combater ambas as coisas.

3) Não há provas conclusivas de que a pornografia seja prejudicial – Este argumento tem sido usado pelos defensores da pornografia em resposta a relatórios de comissões governamentais de diversos países para analisar os efeitos sociais, psicológicos e econômicos da pornografia. Muitas destas comissões concluíram que existe uma relação entre o consumo da pornografia e a violência contra mulheres e crianças, o crescimento dos índices de divórcio, de doenças venéreas e da AIDS, de abortos e de mães solteiras.



Os defensores da pornografia argumentam, entretanto, que esta relação não pode ser provada com critérios científicos. Porém, não são necessários critérios científicos para provar o que é óbvio, ou seja, o papel decisivo da pornografia na escalada da imoralidade e suas conseqüências danosas. Muito embora não se possa responsabilizar exclusivamente a pornografia por todos os males da sociedade, ela certamente tem contribuído para os mesmos.

Ela provoca a excitação e o despertamento sexual através de imagens que contêm cenas de nudez, sexo deturpado, homossexualismo, lesbianismo, degradação e humilhação da mulher e de crianças, criando nos consumidores uma inclinação para realizar na prática aquilo que seus olhos e mentes consomem.

4) O direito de livre expressão assegura a publicação e o consumo de material pornográfico – segundo os defensores da pornografia, à censura é coisa de regimes autoritários. Nas democracias modernas se assegura o direito de expressão a todos. Isto inclui, argumentam eles, o direito de se publicar material pornográfico e o direito de se consumir este material. Porém, os cristãos submetem suas consciências primeiramente à Lei de Deus.


Se por um lado as Escrituras reconhecem a individualidade e a liberdade, por outro elas traçam muitos limites claros sobre o que se pode ver e meditar e aquilo com que ocupar a mente. Por exemplo, o Senhor Jesus proíbe que se tenha fantasia sexual olhando para uma mulher com intenção impura (Mt 5.28; cf. Ex 20.17; 2Sm 11.2; Jó 31.1; Fp 4.8; etc).

A liberdade individual é controlada pela Lei de Deus. O crente não é livre para ocupar sua mente com qualquer coisa que deseje o seu coração. Muito embora as leis de um país assegurem a liberdade de expressão, para os cristãos tal liberdade é regulada pelos princípios da Palavra de Deus.

Outro aspecto é que em nome da liberdade de expressão os adolescentes ganham cada vez mais acesso à pornografia. Meninos de 12 a 17 anos são os maiores consumidores de pornografia, segundo estatísticas recentes. Por isto, a indústria pornográfica procura viciá-los cada vez mais, para ter uma clientela segura com o passar dos anos.

5) A pornografia pode ser usada como terapia – Esta é uma defesa radical da pornografia apresentada inclusive por setores feministas. De acordo com esta posição, o uso da pornografia, que é acompanhado geralmente pela masturbação, provê uma forma de escape sexual para aqueles que – por quaisquer motivos – não têm um parceiro sexual, como as pessoas que estão longe de casa, pessoas que enviuvaram recentemente, estão isoladas por causa de alguma enfermidade ou simplesmente porque escolheram ficar sozinhas. Entretanto, o uso de pornografia e masturbação como meio de extravasamento do impulso sexual viola os princípios da Palavra de Deus quanto à pureza sexual e o emprego da mente e de nossa sexualidade. Além da determinação das Escrituras para que os cristãos exerçam o domínio próprio nestas questões, existem outras maneiras de aliviar-se o impulso sexual, como a prática de exercícios físicos.

Também, de acordo com esta argumentação, casais podem usar pornografia para melhorar suas relações, assistindo juntos a vídeos eróticos, e experimentando variação em sua vida sexual, sem ter que cometer adultério. Entretanto, do ponto de vista bíblico, o fato de um cristão assistir com seu cônjuge a vídeos pornográficos não diminui a imoralidade do ato. Continua sendo adultério uma pessoa casada excitar-se sexualmente mediante as imagens de outros homens e mulheres mantendo relações sexuais, mesmo que faça isto junto com seu cônjuge.

6) É uma forma segura de sexo – Um outro benefício da pornografia, de acordo com grupos feministas, é que permite que as mulheres descubram e experimentem a sexualidade sem correr o risco de envolver-se com parceiros que as contagiem com doenças venéreas e AIDS, engravidem ou as sujeitem a humilhações e degradação. A isto respondemos que existem alternativas bíblicas para que as mulheres desenvolvam sua sexualidade de forma saudável e correta sem ter que recorrer à pornografia e à masturbação. Por exemplo, na escolha acertada de seus cônjuges e desfrutando o sexo dentro do casamento.

Podemos perceber que os argumentos em favor da pornografia não levam em conta qualquer questão de valor moral. Enfocam apenas as questões sociais e psicológicas. Os cristãos, entretanto, devem analisar esta questão e outras à luz da Palavra de Deus. Apesar de todos os argumentos em contrário, a pornografia em todas a suas formas continua sendo uma violação dos princípios bíblicos de pureza moral e sexualidade saudável e correta. Infelizmente, a consciência desta realidade nem sempre tem sido suficiente para evitar que cristãos se tornem consumidores de pornografia.

O Que Tem de Mais em Ver Pornografia?

Muito embora os evangélicos em geral sejam contra a pornografia (alguns apenas instintivamente) nem todos estão conscientes do perigo que ela representa. Mencionamos alguns deles em seguida:

1) Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado – A indústria pornográfica é uma grande fonte de renda para o crime organizado em todo o mundo, juntamente com o jogo e as drogas, movimentando bilhões de dólares por ano. A indústria da pornografia apóia e promove a indústria da prostituição e da exploração infantil. O dinheiro que pais de família gastam com pornografia deveria ir para o sustento de suas famílias. Alguns podem alegar que consomem apenas material soft contendo somente cenas de nudez — esquecendo que esse material é produzido pela mesma indústria ilegal que comercializa a pornografia infantil.

2) Consumir deliberadamente material pornográfico deixa cicatrizes para o resto da vida – As imagens ficam gravadas a fogo na mente e continuam lá para sempre, e vêm à tona com a excitação sexual. É similar a fumantes, que mesmo tendo deixado o cigarro, permanecem com manchas nos pulmões. É isto que testemunha um ex-viciado em pornografia, cujo depoimento anônimo na revista Leadership chocou o mundo evangélico: "Trago ainda hoje as cicatrizes do meu vício, apesar de já tê-lo vencido. Há a cicatriz da ‘inocência corrompida’. A pornografia se alimenta de nossa fascinação pelo que é proibido, e sempre estamos querendo mais. Minha vida de fantasia sexual extrapolava em muito a minha vida sexual real no casamento. Eu era um ‘voyeur’, experimentando sexo na solidão e isolamento, cada vez mais me afastando da minha esposa".

Mencionamos abaixo outras seqüelas da pornografia:

a) Insensibilidade para com as perversões sexuais, fazendo-as parecer cotidianas e rotineiras.

b) Comparação injusta entre o corpo do nosso cônjuge e aquele dos modelos apresentados no material pornográfico, provocando impotência e desinteresse sexual dentro do casamento.

c) O hábito da masturbação que se alimenta da pornografia, sua matéria-prima.

d) Despersonificação dos seres humanos, ao exibir seus corpos e órgãos genitais, sem que o rosto apareça.

e) Hábito de desnudar as pessoas com a imaginação, ou de entreter fantasias sexuais enquanto conversa com pessoas do sexo oposto.

3) O consumo de pornografia abate e escraviza o crente – Há muitos servos e servas de Deus que estão vivendo um conflito: querem servir ao Senhor de todo coração, mas se vêem escravizados à pornografia. Esta derrota tira-lhes a vontade de ir à Igreja, participar da Escola Dominical, ler a Bíblia e orar e de testemunhar de Cristo a outros.


Sobre isto, escreve o Pr. Jorge Luiz César Figueiredo em artigo na Internet: "Quando a prática [da pornografia] torna-se um círculo vicioso, torna-se algo terrível. Tenho ouvido testemunhos de jovens que lutaram muito para vencer, alguns tiveram que ser radicais e pediram aos pais para tirar o computador do quarto. Esse quadro também cria uma falta de compromisso com Deus; o jovem não quer compromisso, pois não quer pagar o preço da renúncia.

Se você enquadra-se nesse perfil sabe bem do que estamos falando. O sentimento de fracasso às vezes toma conta de você e até pensa em desistir, em largar Jesus, mas como você pertence ao Cristo de Nazaré, não pode mais voltar atrás".

4) Consumir deliberadamente material pornográfico é violar todos os princípios bíblicos estabelecidos por Deus para proteger a família, a pureza e os valores morais. A própria palavra "pornografia" nos aponta essa realidade. Conforme já vimos, ela vem da palavra grega pornéia.



Juntamente com mais outras três palavras (pornos, pornê e pornéuo) ela é usada no Novo Testamento para se referir à prática de relações sexuais ilícitas, imoralidade ou impureza sexual em geral. Freqüentemente essas palavras de raiz porn- aparecem em contextos ou associadas com outras palavras que especificam mais exatamente o tipo de impureza a que se referem: adultério, incesto, prostituição, fornicação, homossexualismo e lesbianismo.

O Novo Testamento claramente condena a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, é uma ameaça à pureza sexual e devemos fugir dela, pois os que a praticam não herdarão o reino de Deus. A pornografia explora exatamente essas coisas — adultério, prostituição, homossexualismo, sado-masoquismo, masturbação, sexo oral, penetrações com objetos e — pior de tudo — pornografia infantil.

De Onde Procede o Desejo de Ver Pornografia?

A pergunta que fazemos é: de onde procede este desejo de olhar e consumir material obsceno? Encontraremos as repostas na Bíblia, a Palavra de Deus.

Ela nos ensina que na criação Deus fez o homem e a mulher perfeitos e sem pecado e lhes deu alguns mandatos que deveriam ser obedecidos, mostrando-lhes que eram criaturas, apesar de terem sido criados perfeitos, sem pecado. Os mandatos foram estes, os quais continuam em vigor até hoje:

1. Mandato Cultural – "Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Gn 2.15). O homem foi colocado por Deus no jardim para cuidar das coisas criadas.

2. Mandato Espiritual – "E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.16-17). O homem foi criado para ter comunhão com Deus. Esta comunhão estava condicionada à obediência ao que Deus havia determinado quanto a não comer da árvore.

3. Mandato Social – "Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2.21-24). O homem foi criado com a capacidade de ter uma família. Este privilégio, porém, dar-se-ia dentro de algumas regras que estavam implícitas na sua própria criação:

a) Monogâmico. O casamento deveria ser monogâmico, isto é, entre um homem e uma mulher ("deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher", Gn 2.24).

b) Heterossexual. O casamento deveria também ser entre pessoas de sexos diferentes.

c) Sexo. As relações sexuais estão diretamente ligadas ao casamento. O plano de Deus foi que o sexo fosse desfrutado dentro do ambiente seguro do casamento. Isto fica implícito na expressão: "deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2.24).

Porém, depois da entrada do pecado no mundo todos esses valores foram distorcidos e os mandatos divinos para o homem foram atingidos:

Quanto ao mandato cultural, o homem que havia sido criado por Deus para cuidar das coisas criadas, tornou-se o próprio predador do universo. Veja como está a situação do mundo, da natureza, dos rios, dos mares! Estão todos sendo degenerados por causa do pecado do homem, por causa do próprio homem. O mandato espiritual foi igualmente atingido.


O homem foi criado por Deus para ser obediente à sua vontade. Entretanto, hoje ele anda fazendo a vontade do mundo, do diabo e da carne (Ef. 2.1-3). O mesmo pode-se dizer do mandato social. O homem foi criado para ser monogâmico, heterossexual e conhecer a sua esposa sexualmente somente no casamento.

Seguindo o que ocorreu com os dois primeiros mandatos de Deus depois da Queda, o mandato social foi duramente atingido pelo pecado. O homem começou a casar-se com mais de uma mulher e a cometer adultério. O apóstolo Paulo condena essa atitude: "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne" (1Co 6.16).

Depois do pecado, o homem é escravo do pecado de tal forma que as suas paixões e desejos são contrários à vontade de Deus, pois são carnais (Gn 6.1-3). Longe de Deus e da sua vontade, o homem cada vez mais se afasta das verdades de Deus e se entrega aos desejos do seu coração.

Deus na sua sabedoria criou o casamento para ser fonte de procriação (Gn 1.28), de companheirismo (Gn 2.18) e de prazer (1Co 7.4-5), indicando desta maneira que o sexo não foi criado para ser fonte de prazer sem compromisso. No entanto, por causa do pecado, o homem tornou-se amante dos prazeres (2Tm 3.4), vivendo a vida para a sua própria satisfação. O descumprimento do mandato social e sua degeneração por causa do coração do homem têm levado à prática de toda sorte de imoralidades (adultério, homossexualismo e toda sorte de bestialidades).

Portanto, a culpa primária pela difusão e consumo da pornografia não é da televisão nem das revistas do gênero, mas de um coração morto nos seus delitos e pecados. "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mt 15.19). Claramente Deus afirma na sua Palavra que os que praticam tais coisas não herdarão o reino dos céus: "... prostituição, impureza, lascívia... a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam" (Gl 5.19-21).

A pornografia utiliza a criação de Deus, que é o próprio ser humano, para se levantar contra Deus de tal forma que os seus membros são usados para a iniqüidade. A Bíblia, entretanto, nos convoca a oferecermos nossos membros ao serviço de Deus: "nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça" (Rm 6.13).

Como Evitar e Libertar-se da Pornografia?

Não precisaremos de argumentos sociais, médicos e psicológicos para justificar a necessidade de evitarmos e nos libertarmos da pornografia tais como AIDS, destruição familiar, vício, desvio financeiro para esse fim, a falta de segurança e higiene nos locais destinados a esse fim, entre muitos outros. Acreditamos que as razões bíblicas nos são suficientes para dizermos não, mesmo que tenhamos de lutar contra a nossa própria vontade e nosso próprio coração. "Aquele que quer vir após mim, a si mesmo se negue..." são as palavras de Cristo para a nossa reflexão.

Uma vez que entendemos que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona para o mal (Rm 3.10-12), temos que buscar meios pelos quais possamos não sucumbir às muitas tentações que nos sobrevirão, cientes de que "não nos vem tentação que não seja humana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação nos proverá também o livramento, de sorte que podemos suportar" (1Co 10.13); e ainda: "naquilo que ele mesmo (Cristo) sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hb 2.18).

Tais promessas de Deus são como lenitivo para a alma. Mesmo que o salário do pecado seja a morte, "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.23). Confiados nessas verdades ficamos fortalecidos para lutar contra as nossas concupiscências e fazer a vontade de Deus, pois "Ele é poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados, diante da Sua glória" (Jd 24).

Gostaríamos, portanto, de oferecer aos nossos leitores algumas sugestões de como podemos evitar o mal que chamamos de pornografia:

1. Ter cuidado com o legalismo. Paulo escrevendo aos Colossenses diz que as doutrinas dos homens como: "não manuseies isso ou não toques naquilo... não terão valor nenhum contra a sensualidade" (Cl 2.21-23). A mera letra não nos fará fugir da tentação, se não for acompanhada de uma disposição muito forte do nosso coração de abandonarmos o prazer que a pornografia porventura nos proporcione.

2. Evitar lugares que inspirem sensualidade. Uma vez livres do legalismo, cada homem ou mulher deve conhecer suas limitações e jamais provar seus limites. Temos que deixar morrer a nossa natureza terrena (Cl 3.5-8). Aqui cabem as palavras do Salmo 1: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores". Baseados nestas palavras sugerimos as seguintes atitudes:

a) Escolher bem as amizades. Evitar aqueles amigos que tentam nos desviar, não fazendo caso da Palavra de Deus.

b) Aconselhar-se com pessoas crentes e sábias, e não com os ímpios.

c) Elevar os nossos pensamentos a Deus. Meditar dia a dia na Sua Palavra (Salmo 1:2).

d) Fazer nosso culto particular a Deus e encher nossos pensamentos com coisas edificantes. Em Filipenses 4.8, Paulo nos ensina em que pensar: "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento".

sábado, 15 de janeiro de 2011

Fé e Obras

Fé e Obras
Publicado em 7 de novembro de 2010 – 1:27
por Rev. Rousas John Rushdoony


De acordo com Tiago, “a fé sem obras é morta” (Tiago 2.26). A relação necessária entre fé e obras é enfatizada por S. Paulo (Rm 3.31) e de forma muito forte pelo Senhor (Mt 7.16-29). Suas palavras significam que se você age como um imundo, isso é o que você verdadeiramente é, enquanto se você é piedoso em todos os seus caminhos, você é uma pessoa piedosa. Como o Senhor disse, uma árvore boa dá frutos bons, e uma árvore má dá frutos maus. Existe uma consistência entre fé e vida.

Joel R. Beeke descreveu isso da seguinte forma: “A obediência vem espontaneamente e é como o fruto produzido”. Ele diz também que o “novo nascimento infalivelmente produz uma nova vida”.

Isso, de forma muito simples, significa que o Senhor faz uma grande diferença na vida de uma pessoa. Não podemos escusar os caminhos maus de alguém dizendo que, sejam quais forem as suas ações, o seu coração ainda é reto perante o Senhor. Fazê-lo é insultar grosseiramente a Deus; isso implica que o poder regenerador da Sua graça é impotente para transformar uma pessoa.

Quando acontece um terremoto, isso faz diferença. Quando um furacão atinge uma cidade, você pode ver a força do seu movimento. Um terremoto e um tornado têm pouco poder quando comparados à graça regeneradora do Todo-Poderoso.

Há muitíssimas pessoas na igreja que alegam ser salvas e mesmo assim não são diferentes daqueles ao seu redor que estão sem Cristo. É de se admirar que algumas igrejas são impotentes?

A igreja viva, a igreja cheia de indivíduos regenerados, sempre tem sido um poder em movimento e abalador na terra. Deus, envie-nos pessoas que possam mudar a igreja e o mundo pelo Seu poder!

Verdadeira Adoração

Adoração
Publicado em 10 de março de 2009 – 18:50
por Rev. Gildásio Reis
“…o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras” Confissão de Fé de Westminster, 21, 1

Todo cristão, desejoso por crescer e se desenvolver, precisa cultivar uma vida com Deus. Se não estiver crescendo, vai estagnar ou morrer. A adoçarão coorporativa, solene, do povo de Deus é um meio crucial e essencial que Deus deu para nos ajudar nesse crescimento. (Hebreus 10:19-22).
Como Deus é exigente no que se refere ao seu culto, e sabendo que nossa adoração deve ser de acordo com o que está revelado em sua Palavra, queremos dar a você algumas sugestões[1] para sua preparação individual e familiar para uma participação mais significativa antes, durante e depois de nossos cultos de adoração.

1. Preparação Espiritual: Não devemos pensar que a adoração acontece automaticamente, só por estarmos todos no mesmo lugar.

A. Prepare sua mente e seu coração através da meditação e confissão.
(1) Pense sobre os atributos gloriosos e perfeitos de Deus e sobre seu caráter (por exemplo, sua majestade, sabedoria, poder e misericórdia). Leia uma porção das Escrituras que trate da adoração e do caráter de Deus (Exemplos: Is. 6;12;40:18-26; 55;61; Ef. 1;2;3; Hb. 1;2; I Pe. 1; Ap. 4:5). Adoramos melhor pensando sobre Deus e seus atributos.

(2) Humilhe-se perante o Senhor (Tg 4:10; I Pe 5:6), confessando atitudes pecaminosas tais como: indiferença, desinteresse, orgulho, amargura, falta de amor, falta de zelo, etc. O que fazemos antes do culto determinará o que acontece durante o culto. A forma da adoração não é tão importante quanto a condição espiritual do coração. ( Ed 9:5-15; Ne 9:1-38; Dn 9:1-20; I Rs 8:31-53; Sl 51; Is 66:2).

(a) Lembre-se de que adorar é dar ao Senhor a glória devida ao Seu nome (Sl 96:8); não é receber mas dar a Deus o louvor e gratidão que Ele merece.

(b) Reconheça e confesse que mesmo seus melhores e mais ferventes esforços em adoração não chegam perto daquilo que Deus merece (veja João 4:18-19; 15:15-16). Portanto, sua adoração precisará da misericórdia de Deus. Mas, ao mesmo tempo, alegre-se por Deus, em Cristo, ter estabelecido provisão para estas necessidades.

(c) Exorta-se, lembrando-se de que um culto relaxado e mal-preparado é um insulto a Deus, mostrando desrespeito, falta de amor, preocupação e estima por Ele. Mas ao mesmo tempo lembre-se de que Deus graciosamente convida pecadores que confiam na justiça de Cristo para virem ousadamente à Sua presença para adorá-lo e serem revigorados (Rm 5:1-11; 8:1; Hb 4:14-16).

B. Prepare sua mente e coração através da oração
(1) Reserve tempo para orar pedindo a Deus que dê um espírito de louvor, adoração, agradecimento, temor e um coração inteiramente voltado ao louvor ao Senhor (Sl 96:8, Sl 9:1;28:7; 34:1-3; 86:11; 103:1-5; Jr 9:23-24; 17:5; Mt 15;8; Cl 3:16-17; Hb 12;28-29; 13-15).

(2) Ore por outros irmãos da Igreja à medida que eles também se preparam para adorar a Deus, pedindo ao Senhor para preparar seus corações para louvar e ouvir a Palavra pregada.

(3) Ore para que a pregação seja ungida por Deus, e para que seus ouvidos estejam prontos para ouvir e obedecer a Palavra de Deus.

(4) Ore pelos dirigentes do culto, pelo pregador, Coral, Equipe de Louvor e por outros que participarão, para que o planejamento, seleção musical, leituras das Escrituras, e tudo o mais contribuam para o verdadeiro culto, usados para promover adoração vibrante e para trazer glória e louvor a Deus, bem como alegria ao povo de Deus.

(5) Agradeça a Deus pela Igreja e pelos membros individualmente. Agradeça a Deus pelo privilégio que você tem de adoração e comunhão com seus irmãos em Cristo. Agradeça a Deus pelo fato de a IPO ser um organismo interdependente, por precisarmos uns dos outros (I Co. 12). Peça a Ele que nos torne uma harmoniosa orquestra para trazer-lhe louvor e adoração.

(6) Peça a Deus que dê a você um espírito de amor, cuidado, serviço, encorajamento, afeição, zelo e humildade para com outros no corpo, para que você possa contribuir para construir uma atmosfera de amor, recepção cordial, boa acolhida e encorajamento (I Ts. 3:12; Gl. 5:13; Rm 12:10; 16:16; I Co. 16:20, Fl. 4:21; Ef. 4:32; I Pe. 5:5; Hb. 10:24-25). Peça por sensibilidade às necessidades dos membros da Igreja (I Co.12:25; Gl. 6:2).

(7) Confesse quaisquer pecados de atitude ou ação que você possa ter contra um outro irmão na igreja, por exemplo: amargura, inveja, espírito de julgamento ou critico. Confesse a Deus e, se necessário peça perdão à pessoa.

(8) Ore pelos visitantes e convidados e por aqueles que não conhecem o Senhor, que Deus use nosso culto e Sua Palavra para trazer pessoas ao Seu Reino.

(9) Ore para que o pregador seja sensível à direção do Espírito e às necessidades das pessoas enquanto proclama o evangelho.

(10) Peça a Deus que dê a toda a nossa igreja um espírito de amor por novas pessoas; que possamos ter atitudes hospitaleiras e recebê-las em nossa comunhão e no Senhor.

(11) Ore pelo Departamento Infantil, UCP e por toda Equipe do Geração Futuro que incrementam uma experiência de adoração e ministra a Palavra de Deus as nossas crianças.

2. Preparação Física

A. Tenha uma boa noite de sono na noite de sábado para que você possa estar ativo e disposto para o estudo da Palavra de Deus na manhã de domingo na Escola Dominical. Evite ficar acordado até tarde da noite de sábado. Uma pessoa cansada fisicamente e com sono não desfrutará de modo produtivo da aula.

B. Planeje chegar à igreja cinco minutos mais cedo, não cinco minutos atrasado. Isso exigirá um planejamento de seu tempo.
3. Antecipação Espiritual: Venha para o culto perguntando-se:

A. Como Jesus pode falar comigo neste domingo (através dos cânticos, hinos, convite à adoração, leitura das Escrituras, do sermão, do estudo, uma palavra de encorajamento ou testemunho de outros, etc)?

B. Como o Senhor pode falar através de mim ou alcançar outros através de mim neste domingo (por exemplo, uma palavra de encorajamento, apoio ou admoestação, um ouvido aberto, um breve tempo de oração ou compartilhamento da palavra, etc)?

4. Participação Reverente

A. Cumprimentem-se uns aos outros afetuosamente.

B. Ore com alguém enquanto está assentado e esperando o início do culto.

C. Ore pelo culto silenciosamente antes de seu início.

D. Cante com entusiasmo e alegria (Ef 5:18-20). Pense sobre as palavras e aplique-as a sua vida como orações de louvor ou pedido. Entusiasmo e sorriso são encorajadores e contagiantes para outros e indicam prazer no Senhor (sl. 37;4; Is 58:14; 61:10).

E. Ouça às leituras das Escrituras com cuidado. Silenciosamente responda com confissão de pecado, adoração e contrição.

F. Ore silenciosamente durante o culto pela adoração, pela pregação, pelo pregador, e pelas pessoas ao seu redor, para que Deus use Sua Palavra para convencer, converter e edificar.

G. Ouça cuidadosamente e acompanhe ativamente aos que oram audivelmente no culto público. Responda em seu coração com “Sim, Senhor, eu concordo com esta oração e também oro assim”, que é o significado da palavra “Amém”.

H. Na hora do sermão, lembre-se de que você está ali para adorar e não para criticar o pregador.
Procure apenas ouvir a Deus em Sua Palavra e você será corretamente instruído pelo Espírito.

O Catecismo Maior de Westminster, questão 160, dá uma resposta muito útil à pergunta: Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada?
Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência, preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que recebem a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de Espírito, como a Palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros; que a escondam, nos seus corações e produza, os devidos frutos em suas vidas.

I. Ouvir ao sermão da maneira indicada pelo Catecismo Maior será um grande encorajamento para seu pregador e pode contribuir para aumentar a qualidade de sua pregação. Como encorajar seu pregador através de sua atenção e aplicação sincera da Palavra:
a. Contato visual
b. Concentração
c. Respostas positivas (sorrisos, sinais de confirmação, linguagem corporal positiva, anotações etc.)
d. Encorajamentos verbais após o sermão. Fale de um ponto especifico que ajudou você e ao qual você deseja obedecer.
e. Aplique e relate seu progresso espiritual e como a Palavra pregada está impactando você.

5. Após a Escola Dominical e o Culto
A. No Dia do Senhor (domingo)
Uma excelente dica aos pais: Aproveite os momentos quando reunido com sua família, como por exemplo, à mesa de refeições, após a Escola Dominical:

1. Faça uma “Pesquisa sobre o domingo”, com os pais e filhos perguntando:
a. Como o Senhor falou com você hoje?
b. Em como a aula de hoje lhe ajudou a entender e viver melhor a vida cristã?
2. Discuta o sermão – Algumas perguntas-chave:

A. Perguntas mais gerais:
1. Qual foi o ponto central ou objetivo do sermão?
2. Quais as idéias principais tratadas pelo pregador?
3. Houve alguma coisa que você não entendeu no sermão? O quê? (Os pais podem ajudar seus filhos na compreensão do sermão).

B. Perguntas específicas:
1. Algum pecado do qual você deva se libertar?
2. Alguma ameaça que faria você tremer?
3. Algum conforto ou promessa que você deva abraçar?
4. Como sua fé foi encorajada?

3. Conduza sua família em um período de oração
a. Pelo perdão dos pecados;
b. Pela graça e pela fé para viver honradamente, servindo a Deus com alegria e prazer;
c. Pela igreja, pelos pastores, presbíteros, diáconos e outro líderes;
d. Pelos perdidos que você conhece, e pelo sucesso do evangelho em sua comunidade.

B. Durante a Semana
1. Pais, encorajem a si mesmos e a seus filhos para que sejam diligentes na adoração particular, na leitura das Escrituras, oração e cânticos.
2. Pais, conduza o culto familiar, com um breve tempo para reunir toda a família para entoar cânticos de louvor, ler as Escrituras e para oração.
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Rev. Gildásio Jesus Barbosa dos Reis, pastor da Igreja Presbiteriana de Osasco e professor de teologia pastoral no Seminário Presbiteriano “Rev. José Manoel da Conceição” – SP
[1] Estas sugestões foram extraídas e adaptadas do livro de David Eby. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja. Editora Candeia. São Paulo:SP. 2001 (pp. 187-194)

Publicado em em terça-feira, março 10th, 2009 às 18:50 na categoria
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