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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Agradecimento a Igreja Batista de Groaíras

Amados desejo externar a gratidão que nós, Jhonathan, Jonas e Max, sentimos para com nossa Igreja Mãe, Igreja Batista de Groaíras.
Este é um pequeno agradecimento aqueles a quem que nós amamos.

Queremos agradecer antes de tudo a Deus que nos salvou deste mundo perverso, mergulhado no pecado e nos transportou para o reino do filho do seu amor, e colocou-nos nesta Igreja rodeados de verdadeiros amigos, onde conhecemos a Deus e crescemos muito em espiritualidade e maturidade, tanto como cristãos como pessoas. Foi nesta Igreja que Deus nos mostrou o quanto o poder Dele opera neste mundo, posso dizer isto com prioridade, pois o modo como eu e minha família nos convertemos a Deus, foi uma grande prova do seu eterno poder. Também foi nesta Igreja onde vivi muitos momentos marcantes em minha vida, tantos momentos alegres como momentos tristes, mas o que marca é que não importa as circunstâncias dos momentos, e sim a presença de Deus em nossa vida e uma grande família Batista ao nosso lado.

Obrigado Senhor por esta Igreja.
Obrigado Igreja Batista por nos acolher, orar por nós e nos amar com o amor de Deus.
Obrigado Geração de adoradores pelo crescimento, companheirismo, amizade e carinho.
Obrigado Embaixadores pelo exemplo de homens chefes de famílias, que mesmo sendo homens ocupados, desempenham um trabalho muito importante e útil para Deus.
Obrigado Fiéis de Cristo por darem o exemplo para as moças de como deve ser uma mulher de Deus.
Obrigado crianças por nos ensinar a adorar com espontaneidade e ser humilde.
Obrigado Ministério de Louvor Hiel por nos ensinar a ter perseverança em não desistir do ministério que Deus coloca em nossas mãos e o dever dos verdadeiros adoradores.
Obrigado Presidentes, Secretários, Tesoureiros e Diáconos por nos ensinar a ser abundantes, sempre constantes na obra do Senhor sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor.
Obrigado Pastor Eronildo por ser para nós um grande exemplo de homem de Deus que queremos seguir, comprometido com Deus e Sua Palavra, um grande exemplo de pai, esposo, amigo, companheiro e Pastor, lembro-me das vezes em que eu cheguei pra você falando das lutas que estava passando e sua ajuda foi de grande importância, lembro-me também das vezes também que lhe dei dor de cabeça e trabalho, mas tudo isso serviu para o nosso crescimento. Você e a irmã Elisangela são grandes exemplos de casal pra mim e minha futura esposa, a qual conheci nesta Igreja.
Obrigado a todos os membros da Igreja Batista de Groaíras, obrigado... Muito obrigado.
Sempre me lembrarei de todos vocês e orarei para que Deus conceda a todos crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

Amo vocês e continuem orando por nós, pois precisamos muito das orações dos irmãos.

Que Deus os abençoe em nome de Jesus Cristo, amém.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Uma Palavra aos jovens



Amados, agradeço a Deus por este blog estar sendo usado por Deus para edificar suas vidas.
Esta breve mensagem é de uns dos pregadores que eu mais admiro, Paul Washer. Espero que esta Palavra aos jovens venha fazer você meditar acerca de sua vida jovem.





















LEMBRE-SE DA BREVIDADE DA VIDA
O primeiro homem foi criado à imagem de Deus. Se ele tivesse se submetido à vontade de Deus, ele teria sido imortal. Ele passaria pelos anos da sua interminável existência de força a força, sem deterioração ou decadência.
A passagem do tempo o teria levado a maiores níveis de maturidade, contentamento, e alegria. Sua existência teria abundado com propósitos e glória.
Com o advento do pecado, tudo foi perdido, e a existência dos homens tornou-se tragicamente distorcida e deformada acima de reconhecimento. O homem ficou um mortal de breve duração, cansaços, e futilidades. Ele agora vive a sua vida até que toda a sua vitalidade é esgotada, todos os seus propósitos são demolidos, e o corpo finalmente volta ao pó do qual ele veio. Não é sem razão que o pregador grita, “Vaidade de vaidades! Tudo é a vaidade” (Eclesiastes 1:2).
Como um moço ou moça, você deve constantemente lutar contra a tentação de esquecer-se da brevidade da vida e da vaidade, até da vida mais longa, vivida fora da vontade de Deus. Você deve aprender das Sagradas Escrituras que a sua vida é menos que um vapor. Você deve ficar convencido desta verdade, e, então, você deve estabelecê-la diante de você como um lembrete constante. Você é mortal e os seus dias são numerados! “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.
“(Salmo 103: 15, 16; ACF).
“Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se
dissipa.” (Tiago 4: 14; NVI). Você sabe que a Bíblia é verdadeira. Você sabe que a morte é uma certeza para você. Cada lápide e elegia testemunha a realidade inescapável que você vai morrer. E mesmo assim, como é que você tão rapidamente se esquece e se entrega às vaidades passageiras desta vida? É porque você é rodeado por uma cultura que faz tudo ao seu alcance para evitar algum pensamento sobre o fim de vida. É porque o deus deste século trabalha com toda a sua astúcia para mantê-lo entretido e distraído. É porque, embora você tenha sido remido, você ainda vive em um corpo da carne, decaído, que corre para tudo que é carnal e temporal. Conhecendo essas coisas, você faria bem em memorizar e orar muito a oração de Davi no Salmo 39: 4: “Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou.” (NVI)
Manter a sua mortalidade na frente de seus pensamentos não tem como objetivo ser mórbido ou se lamentar como aqueles que não têm nenhuma esperança, mas compeli-lo a esperar em Cristo somente e dar-se de todo coração à Sua vontade para sua vida. Só em Cristo a sepultura é consumida pela vitória, e a futilidade temporal substituída pelo propósito eterno e glorioso de Deus para você.
LEMBRE-SE DO SEU CRIADOR
Conhecendo algo da brevidade da vida, “Como então viveremos?”. O escritor de Eclesiastes responde a esta pergunta para nós na forma de uma ordem: “
“Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude...” (Eclesiastes 12: 1).
A palavra “lembrar” vem do hebreu “zakar” que significa chamar ou trazer à memória. Esta ordem de lembrar-se de Deus é mais que uma lembrança casual que há um Deus. Ela significa mais do que simplesmente curvar a sua cabeça cada vez que você passa pela igreja. Não é uma ordem cumprida simplesmente indo à igreja cada vez que as portas se abrem. É uma ordem radical e transformadora de vida para conhecermos e entendermos o Deus das Escrituras, reconhecermos a sua soberania em todas as coisas, buscarmos a sua glória em todas as coisas, e esforçarmo-nos para obedecer Ele em todas as coisas.

Que Deus abençôe suas vidas!

Jhonathan Alves

domingo, 16 de janeiro de 2011

PORNOGRAFIA:REALIDADE ,PERIGOS E LIBERTAÇÃO

Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação

por Rev. Augustus Nicodemus, Paulo Brasil, Samuel Vitalino

O Que É Pornografia?

Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que defini-la. De forma geral, podemos dizer que pornografia é a representação da nudez e do comportamento sexual humano com o objetivo de produzir excitamento sexual. Esta representação é feita através de imagens animadas (filmes, vídeos, computador), fotografias, desenhos, textos escritos ou falados. A pornografia explora o sexo, tratando os seres humanos como coisas e, em particular, as mulheres como objetos sexuais.

A palavra pornografia vem do grego e significa literalmente "escrever sobre prostituta". Com o tempo, passou a referir-se a qualquer material, escrito ou gráfico, de conteúdo sexual. O termo é usado hoje de forma negativa. A indústria pornográfica que produz filmes, revistas, vídeos e sites na Internet, prefere usar outros termos, como "material adulto". Esta manobra é um eufemismo que visa retirar deste sórdido comércio a pecha negativa que ele possui.

É importante, porém, fazer uma distinção entre erotismo e pornografia. Existe um erotismo saudável, que consiste na exploração da sexualidade dentro do casamento. O livro de Provérbios nos traz um exemplo disto:

"Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas? Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias. Por que, filho meu, andarias cego pela estranha e abraçarias o peito de outra?" (Pv 5.15-20)

Ou ainda, o livro de Cantares de Salomão:

"Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho" (Ct 1.2).

"Que belo é o teu amor, ó minha irmã, noiva minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho, e o aroma dos teus ungüentos do que toda sorte de especiarias! Os teus lábios, noiva minha, destilam mel. Mel e leite se acham debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidos é como a do Líbano" (Ct 4.10-11).

"Os teus beijos são como o bom vinho, vinho que se escoa suavemente para o meu amado, deslizando entre seus lábios e dentes. Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim. Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei ali o meu amor" (Ct 7.9-12).

Estas passagens mostram que o Senhor nos criou com sexualidade e que a mesma pode ser explorada e desfrutada dentro do ambiente do casamento. A pornografia é diferente, pois visa o excitamento sexual através da exibição de imagens explícitas de sexo, nudez e órgãos sexuais sem fazer qualquer distinção moral ou levar em conta adultério, prostituição, lesbianismo, além de formas pervertidas de relações sexuais.

Breve Histórico da Pornografia

A representação gráfica da nudez humana, bem como das relações sexuais, é algo bem antigo na história do homem. A arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas, que foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra por volta de 1.300 anos antes de Cristo (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia que conhecemos.


Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava escrito que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a Queda (Gn 2.25; 3.7-10).

Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos genitais (Ex 28.42-43), a ponto de existir uma determinação na lei de Moisés de que o sacerdote deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma a deixar que seus órgãos genitais ficassem expostos (Ex 20.26). Cão, o filho de Noé, foi condenado por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere à genitália de forma reservada, usando às vezes eufemismos como "nudez" (Lv 18), "pele nua" (Ex 28.42), "membro viril" (Dt 23.1), "entre os pés" (Dt 28.57) e "parte indecorosa" (1Co 12.23), só para citar alguns exemplos.

Os gregos antigos usavam temas pornográficos em canções empregadas nos festivais em honra ao deus Dionísio, séculos antes de Cristo. Nas ruínas romanas de Pompéia, destruída na erupção do Vesúvio em 79 d.C., há pinturas pornográficas nas paredes de algumas edificações representando órgãos sexuais masculinos e propaganda de serviços de prostituição.

A pornografia também era usada em algumas culturas orientais antigas como Índia, Japão e China. Bastante antiga e amplamente divulgada é a obra Kama Sutra, escrita na Índia por volta do ano 2500 a.C., um manual contendo gravuras das mais grotescas formas de relação sexual. Na Europa medieval, o Decamerão (1353) do italiano Giovanni Boccaccio, obra abertamente pornográfica, tinha grande circulação.

Com o advento da mídia eletrônica em décadas recentes, a pornografia passou a ser um problema social de grandes proporções. O cinema, a televisão, o vídeo e a TV a cabo se tornaram canais poderosos pelos quais todos os tipos de pornografia se tornaram amplamente disponíveis ao grande público. A partir daí a indústria pornográfica cresceu de forma massiva, pois as pessoas passaram a consumir pornografia em suas próprias casas, sem precisar ir ao cinema ou à banca de revistas. Surgiram também jogos pornográficos de computador. E mais tarde, com o advento da Internet, a disponibilidade e a facilidade de acesso à pornografia multiplicou-se de forma inimaginável. Devido ao acesso internacional e ao custo zero de copiar e baixar imagens na Internet, a cyber-pornografia tornou-se a forma mais popular de pornografia hoje.

Os Diversos Tipos de Pornografia

Os estudiosos do assunto, bem como os legisladores, fazem geralmente uma distinção entre diferentes tipos de pornografia, para fins de estudo e compreensão:

1. Softcore – Refere-se a material pornográfico que apresenta imagens de nudez e cenas que apenas sugerem a relação sexual.

2. Hardcore – Contém representação explícita dos órgãos genitais em cópula e de relações sexuais de toda a sorte.

3. Snuff – Fala-se ainda de vídeos snuff, onde pessoas praticam atos sexuais e depois são assassinadas. Entretanto, não se conhece nenhum exemplar destes vídeos que tenha sido distribuído comercialmente.

4. Pornografia infantil – É a representação, sob qualquer forma, de criança em ato sexual implícito ou explícito, simulado ou real, ou qualquer representação dos órgãos sexuais da criança para fins sexuais.

5. Erótica – Algumas feministas fazem uma distinção entre pornografia, que é a sujeição e degradação sexual da mulher através de imagens que representam o homem dominando e humilhando a mulher sexualmente, e a erótica, que é a representação sexual de homem e mulher em posição de igualdade e respeito mútuo.

Estas distinções podem nos ajudar a entender melhor o assunto e a perceber como diferentes pessoas entendem a pornografia. Entretanto, todas as diferentes formas de pornografia têm em comum a exposição pública da nudez e das relações sexuais humanas, com vistas ao despertamento sexual indiscriminado. Por este motivo, os cristãos não devem se deixar iludir por estas distinções, como se alguma forma de pornografia fosse menos errada do que outras.

A Situação Legal da Pornografia em Alguns Países

A pornografia é uma das formas mais polêmicas de expressão. As sociedades vêm debatendo há muito se material pornográfico deveria ser censurado e como fazer a distinção entre nudez artística e pornografia. No ocidente, onde a liberdade de expressão é uma marca distintiva das democracias, o assunto tem se tornado ainda mais agudo. Além disto, discute-se a realidade das conseqüências sociais e psicológicas da pornografia.

A situação legal da pornografia depende do país. A pornografia infantil é considerada ilegal na totalidade dos países. A legislação brasileira define pornografia infantil como sendo "cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente". A pena de reclusão é de um a quatro anos para a produção e publicação da pornografia infantil.

Entretanto, a maioria dos países permite a comercialização e a distribuição de alguma forma de pornografia. No Brasil, bem como na maioria dos países, a pornografia softcore é geralmente permitida nas bancas de revista, videotecas, televisão e cinemas. A hardcore é permitida da mesma forma, mas com algumas restrições, como por exemplo, uma capa de plástico com tarjeta preta para as revistas hardcore. A maioria dos países tenta restringir o acesso de menores à pornografia hardcore, permitindo a sua comercialização somente em seções "adultas" de videotecas, livrarias e em TV a cabo. Entretanto, estes esforços têm se mostrado ineficazes para restringir o acesso da população em geral às formas de pornografia consideradas mais danosas, por causa da grande disponibilidade deste material na Internet e, obviamente, pela inclinação do coração humano a toda sorte de obscenidade.

A maioria dos países ocidentais tem restrições à pornografia que envolva violência e bestialismo (sexo com animais). A Holanda e a Suécia, entretanto, permitem a venda deste material abertamente nos sex-shops e após os 15 anos de idade, os jovens podem assistir filmes pornográficos de qualquer tipo. Na Grã-Bretanha, a pornografia hardcore continua sendo ilegal, embora tolerada. No Japão, até recentemente, a exibição dos órgãos genitais era proibido, e a softcore permitida.

Pode parecer, pelas diferentes atitudes dos países, que os aspectos morais relacionados com o consumo da pornografia seja uma questão cultural. Entretanto, não são apenas questões culturais que levam esses países a restringir ou permitir a pornografia. Questões financeiras e econômicas influenciam os governos. A pornografia é uma grande indústria que gera milhões de dólares anuais em impostos. A venda de material pornográfico em sex-shops – que inclui vídeos e acessórios encomendados pela Internet – representa uma boa porcentagem do dinheiro movimentado pelo e-commerce (comércio pela Internet). E estes números estão aumentando com a crescente enxurrada de obscenidade no mundo.

O Crescimento da Pornografia no Mundo

Uma estatística de 1995 revelou que os americanos gastam mais em pornografia do que em Coca-Cola. Não é difícil imaginar que a situação no Brasil não é muito diferente. Um país antigamente fechado, como a China, em 1993 assistiu a uma enxurrada de material pornográfico em seus limites após ter aberto, mesmo que um pouco, as suas fronteiras para receber ajuda estrangeira. Mensalmente, cerca de 8 milhões de cópias de revistas pornográficas circulam no Brasil. Em 1994 a venda de vídeos pornôs chegou perto de 500 milhões de dólares. Não é de se admirar que as locadoras reservem cada vez mais espaço nas prateleiras para vídeos pornôs. Segundo uma pesquisa em 1992, um em cada quatro brasileiros assistiu a um filme de sexo explícito. O mesmo fizeram 13% das mulheres entrevistadas. Em 1995 esse número dobrou para os homens e aumentou um pouco em relação às mulheres. Recentes estatísticas mostram o crescimento destes números.

Diversos acontecimentos recentes ao redor do mundo indicam o avanço contínuo da pornografia. O mundo está sendo inundado com uma enxurrada de imundícia. Vejamos alguns destes indícios.

1) Os governos aumentam cada vez mais a legalidade da pornografia – Um exemplo é que em abril de 2002 o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogou a Lei da Prevenção da Pornografia Infantil que havia sido promulgada pelo Congresso em 1966. O argumento usado pelo Supremo Tribunal foi que a liberdade de expressão estava sendo suprimida. A decisão reflete a tendência cada vez maior para a legalização de todas as formas de pornografia.

2) As estatísticas mais recentes mostram o crescimento vertiginoso da indústria pornográfica – Segundo estudos publicados em maio de 2002, há mais de 400.000 sites pornográficos na Internet em todo o mundo, e cerca de 70 milhões de pessoas visitam ao menos um site pornográfico por semana.

Este crescimento é atestado por outras estatísticas. Em 2002, o Observatório para a Publicidade do Instituto da Mulher, em Paris, recebeu 710 denúncias contra mensagens sexistas, o dobro das denúncias recebidas em 2000. 80% destas denúncias tinham a ver com a exploração do corpo feminino em propaganda de produtos. Neste mesmo ano, em Bruxelas, a ONU publicou relatório denunciando que milhões de pessoas em todo o mundo – a metade sendo de crianças e uma outra grande parte de jovens mulheres – são exploradas sexualmente, o que obviamente se refere não somente à prostituição, mas à pornografia. Ainda em outubro de 2002, em Barcelona, a Feira Internacional do Cine Erótico exibiu ao vivo relações sexuais pervertidas aos participantes da Feira.

3) O fracasso das estratégias governamentais em conter o avanço da imoralidade – Conforme estudo do Jornal Médico Britânico publicado na Inglaterra em 2002, as campanhas governamentais de prevenção da gravidez de adolescentes estavam fracassando redondamente. A famosa rádio BBC de Londres veiculou em 2002 que o governo inglês estava preocupado por não conseguir conter a enxurrada de material pornográfico que atinge diariamente os adolescentes ingleses pela Internet. De cada dez mensagens que recebem, uma delas é pornográfica ou remete a algum site pornográfico. A mesma frustração do governo inglês certamente se sente nos governos de outros países.

4) A constatação de danos cada vez maiores causados pela pornografia – Continuamente surgem relatórios de diversos quadrantes mostrando novos danos causados pela pornografia. Por exemplo, os estudos do professor Richard Drake da Universidade Brigham Young nos Estados Unidos, indicam que a pornografia pode ter efeitos na mente similares ao da cocaína, produzindo dependência e distúrbios mentais.

Em Paris, numa reunião com mais de 1700 psicanalistas de 31 paises para tratar de novas formas de neuroses, destacou-se o fato de que cresce cada vez mais o número de pessoas viciadas em sexo, um problema que foi considerado como uma enfermidade psicológica, cujas conseqüências são a ruína econômica, problemas no casamento e em relações, problemas no trabalho, ansiedade e depressão.

Todas estas evidências apontam para uma avalanche da imoralidade em todo o mundo, da qual a pornografia é o carro chefe. Além dos evidentes problemas espirituais que a pornografia causa, também contribui largamente para o crescimento da violência em todo o mundo.

Não são poucos os relatórios feitos por comissões de pesquisadores que denunciam a estreita relação entre a pornografia e a crescente onda de estupros, assédio sexual e exploração infantil nos países "civilizados". Vários dos temas mais comuns em pornografia do tipo hardcore incluem cenas de seqüestro e estupro de mulheres, geralmente com espancamento e tortura, além de outras formas obscenas de degradação.


A mensagem que a pornografia passa aos consumidores é que quando a mulher diz "não" na verdade está dizendo "sim", e que se o estuprador insistir, ela não somente aceitará como também passará a gostar. Assim, a violência contra a mulher é exposta como algo válido e normal. Estudos de especialistas mostram que 82% dos encarcerados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes admitiram que eram consumidores regulares de material pornográfico. Só nos Estados Unidos, o número conhecido de estupros pela polícia cresceu 500% em menos de 30 anos, o que corresponde ao aumento da popularidade do material pornográfico e da facilidade para ser encontrado. Cerca de 86% dos condenados por estupro admitiram imitação direta das cenas pornográficas que assistiam regularmente.

Movimentos Anti-Pornografia

O crescimento vertiginoso da disponibilidade da pornografia e os seus efeitos tem levantado reações no mundo todo. As críticas e ataques à indústria pornográfica e aos seus consumidores vêm geralmente de religiosos conservadores e do movimento feminista. Evangélicos e católicos têm atacado fortemente a indústria da pornografia, especialmente nos países onde o cristianismo conservador exerce alguma força política. Os argumentos usados pelos religiosos contra a pornografia é que a mesma é imoral, que o sexo é reservado para o casamento e que a pornografia aumenta o comportamento imoral e a violência da sociedade.

No Brasil há esforços isolados por parte dos evangélicos, já que não têm um representante nacional. Por exemplo, o deputado evangélico Pastor Daniel Marins lançou na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 2001, um projeto de lei que proíbe a exposição de modelos, masculinos ou femininos, despidos ou seminus em placas publicitárias instaladas em vias públicas. Segundo o Pastor Daniel, o projeto é resultado da luta do povo evangélico contra a propaganda aberta e explícita de revistas, produtos e sites na Internet destinados à exploração comercial da nudez e da pornografia, e foi elaborado em conjunto com líderes de diversas denominações, comunidades e associações evangélicas de todo o Estado de São Paulo.

O outro ataque à pornografia vem de uma ala do movimento feminista que a considera como parte da agenda machista, que degrada a mulher e induz à violência contra ela. Esta ala do movimento feminista é contra a pornografia, não por valores morais ou convicções cristãs, mas porque a considera como essencialmente machista, já que são os homens que mais a consomem e são as mulheres as que mais são exploradas e humilhadas nesta indústria. Estas feministas não representam, porém, a totalidade do movimento, onde existem outras feministas que defendem a pornografia.

Existem ainda movimentos isolados, dirigidos por indivíduos ou organizações não governamentais. Um exemplo é Linda Boreman, ex-atriz pornô, que usava o nome de Linda Lovelace. Após abandonar a carreira de estrela pornô, passou a atacar a indústria pornográfica por causa da exploração das mulheres. Outro exemplo é o grupo "Guerreiros Independentes contra a Pornografia Infantil", que se dedica a caçar consumidores e divulgadores da pornografia infantil pela Internet. Existem várias outras organizações sem fins lucrativos batalhando nessa cruzada. Uma delas, chamada de "Exército Cibernético de Caçadores de Pedófilos", tem mais de 10 mil membros cadastrados enviando dicas à polícia. Esses grupos são compostos por Internautas que dedicam seu tempo livre procurando manter contato com consumidores de pornografia infantil pela Internet, para afinal entregá-los à polícia.

Muito embora os ataques à pornografia venham em grande parte dos círculos evangélicos, é uma triste realidade que a pornografia tem suas vítimas também dentro das igrejas evangélicas, como veremos a seguir.

Evangélicos "voyeurs"?

Voyeur é termo usado para descrever aqueles que têm prazer sexual observando outras pessoas nuas ou praticando relações sexuais. O voyeur não interage diretamente com o objeto do seu prazer, mas reage a ele através da masturbação. Este é o nome que se dá geralmente ao consumidor secreto de pornografia. É uma boa descrição para cristãos viciados em pornografia.

Há boas razões para acreditarmos que o número de evangélicos no Brasil viciados em pornografia é preocupante. Pesquisadores estimam que nos Estados Unidos cerca de 40% dos evangélicos estão afetados. Há quem ache que este número é bem maior.


Considerando que no Brasil a facilidade de se obter material pornográfico é a mesma ou até maior que nos Estados Unidos, considerando que a igreja evangélica brasileira não tem a mesma formação protestante histórica da sua irmã americana, considerando a falta de posição aberta e ativa das igrejas evangélicas brasileiras contra a pornografia como acontece nos Estados Unidos, não é exagerado dizer que provavelmente cerca de 50% dos homens evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia.

Talvez esse número seja ainda conservador diante do fato conhecido que os evangélicos no Brasil assistem mais horas de televisão por dia que muitos países de primeiro mundo, enchendo suas mentes com programas que promovem a violência e o erotismo, e assim abrindo brechas por onde a pornografia penetra e se enraíza.

Mais preocupante ainda é a probabilidade de que grande parte desse percentual é de jovens adolescentes evangélicos. Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes haviam aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas. 42% deles disseram que nunca aprenderam qualquer coisa sobre o assunto através de seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos 6 meses. Uma extrapolação, ainda que conservadora, para a realidade das igrejas brasileiras é de deixar pastores e pais em estado de alerta!

Aqui no Brasil, segundo pesquisa da revista Eclésia em setembro de 2002, feita entre jovens evangélicos de 22 denominações, 52% deles já praticaram sexo pré-marital. Destes, cerca da metade mantêm uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros.


A idade média em que perderam a virgindade é de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças, o que coloca as igrejas evangélicas cada vez mais próximas dos padrões mundanos. Um detalhe: estes jovens foram todos criados nas igrejas! Infere-se que em comunidades evangélicas onde as noções de moralidade são tão mundanas quanto as dos incrédulos, não é para duvidar que o consumo de pornografia seja corrente, aceitável e tolerado.

É preciso ainda notar que não são somente os homens que consomem pornografia. Mulheres cristãs também incorrem neste hábito, embora certamente numa proporção menor. Uma evangélica que se identifica como "Solitária" dá o seguinte depoimento num site evangélico: "Tenho 30 anos de idade e nunca consegui casar. Pensei que tinha direito de ser sexualmente feliz, mesmo que o Senhor não tenha me dado um marido.


Isto me levou a uma longa e profunda batalha com a masturbação e a pornografia na Internet. No ano passado, quebrantei-me após ouvir um sermão sobre pureza sexual em minha igreja. Após isto, comecei um curso de 60 dias baseado em leituras da Bíblia e acompanhamento de um mentor. Finalmente me vi livre. Também coloquei um filtro contra a pornografia em meu computador”.

Escândalos envolvendo líderes evangélicos revelam abertamente uma outra face do problema. Há pastores evangélicos que também são viciados em pornografia. Por causa do receio de serem apanhados e de estragarem seus ministérios, muitos pastores preferem optam por consumir pornografia como voyeurs do que praticar o adultério de fato, embora alguns acabem eventualmente caindo na infidelidade prática.

Uma mulher escreve num site evangélico: "Sou divorciada, mãe de três adolescentes. Fui casada por dez anos, até que meu marido, pastor, teve um caso extra-marital. Ele era viciado em pornografia desde os doze anos de idade e lutou contra isto por muitos anos."

Há diversos artigos sobre pornografia publicados em revistas americanas e européias de aconselhamento pastoral abertamente dirigidos a pastores viciados em pornografia, visando ajudá-los. Uma destas revistas, Leadership, realizou uma pesquisa entre pastores de diversas denominações evangélicas e chegou a conclusões terríveis: a cada dez pastores, quatro já haviam visitado um site pornográfico. As seguintes perguntas e respostas compuseram a pesquisa:

Você já visitou um site pornográfico na Internet?

57% Nunca
7% Faz mais de um ano
9% Uma vez no ano passado
21% Algumas poucas vezes no ano
6% Duas vezes ao mês ou mais


Em geral, segundo Leadership, pastores que gastavam mais tempo diante da Internet eram os que mais provavelmente visitariam sites pornográficos.

Pastores são vulneráveis à tentação de entrar num site pornográfico como qualquer outra pessoa. No caso deles, talvez sejam ainda mais vulneráveis. O isolamento e a solidão geralmente acompanham o ministério pastoral. Além disto, muitos pastores negligenciam seus casamentos dedicando-se por demais às demandas do ministério.

Alguns pastores podem cair nesta armadilha satânica simplesmente por curiosidade em saber o que membros da sua igreja estão consumindo na Internet e acabam sendo atraídos e enlaçados pelo poder da pornografia. Além do mais, líderes que jamais ousariam entrar numa videoteca para adquirir um vídeo pornográfico, no segredo e intimidade de seus lares e escritórios acabam cedendo às facilidades da cyber-pornografia, que é acessível, barata e anônima. As igrejas devem orar por seus pastores e líderes para que sejam livres de toda tentação.

Análise Crítica dos Argumentos em Favor da Pornografia

Existem diferentes argumentos usados para defender o consumo livre da pornografia. Analisemos alguns deles.

1) A pornografia como arte – Os defensores deste ponto de vista argumentam que a maldade está na mente dos que vêem material pornográfico. Em si, defendem eles, a pornografia simplesmente explora a beleza natural da nudez humana e das relações sexuais, e deveria ser vista como arte. Os que sustentam este ponto insistem que a nudez é inofensiva e também uma forma de arte.


Entretanto, este argumento erra ao deixar de reconhecer que a indústria pornográfica produz bastante material sexualmente explícito onde a mulher é degradada e humilhada, onde o foco são os órgãos genitais humanos, onde adolescentes são violentados e a sodomia e o homossexualismo são divulgados. Se por um lado a nudez humana é bela, após a Queda (pecado de Adão e Eva) o Criador determinou que ela fosse encoberta (Gn 3.21), pois a inocência em que esta beleza podia ser apreciada e desfrutada (Gn 2.25) foi corrompida pelo pecado (Gn 3.7-11). A nudez, como preparação para o ato sexual, fica reservada para o casamento (cf. Levítico 18).

2) A Bíblia está muito mais preocupada com dinheiro e materialismo do que com nudez e cobiça – De acordo com este argumento, os cristãos conservadores são obcecados contra a pornografia que existe nos filmes, mas esquecem que estes também divulgam muita violência, materialismo e bruxaria. Entretanto, o argumento não é inteiramente verdadeiro. Embora a Bíblia tenha muitas passagens contra o mal uso do dinheiro, ela também tem muitas passagens contra a imoralidade sexual e a impureza mental. Devemos combater ambas as coisas.

3) Não há provas conclusivas de que a pornografia seja prejudicial – Este argumento tem sido usado pelos defensores da pornografia em resposta a relatórios de comissões governamentais de diversos países para analisar os efeitos sociais, psicológicos e econômicos da pornografia. Muitas destas comissões concluíram que existe uma relação entre o consumo da pornografia e a violência contra mulheres e crianças, o crescimento dos índices de divórcio, de doenças venéreas e da AIDS, de abortos e de mães solteiras.



Os defensores da pornografia argumentam, entretanto, que esta relação não pode ser provada com critérios científicos. Porém, não são necessários critérios científicos para provar o que é óbvio, ou seja, o papel decisivo da pornografia na escalada da imoralidade e suas conseqüências danosas. Muito embora não se possa responsabilizar exclusivamente a pornografia por todos os males da sociedade, ela certamente tem contribuído para os mesmos.

Ela provoca a excitação e o despertamento sexual através de imagens que contêm cenas de nudez, sexo deturpado, homossexualismo, lesbianismo, degradação e humilhação da mulher e de crianças, criando nos consumidores uma inclinação para realizar na prática aquilo que seus olhos e mentes consomem.

4) O direito de livre expressão assegura a publicação e o consumo de material pornográfico – segundo os defensores da pornografia, à censura é coisa de regimes autoritários. Nas democracias modernas se assegura o direito de expressão a todos. Isto inclui, argumentam eles, o direito de se publicar material pornográfico e o direito de se consumir este material. Porém, os cristãos submetem suas consciências primeiramente à Lei de Deus.


Se por um lado as Escrituras reconhecem a individualidade e a liberdade, por outro elas traçam muitos limites claros sobre o que se pode ver e meditar e aquilo com que ocupar a mente. Por exemplo, o Senhor Jesus proíbe que se tenha fantasia sexual olhando para uma mulher com intenção impura (Mt 5.28; cf. Ex 20.17; 2Sm 11.2; Jó 31.1; Fp 4.8; etc).

A liberdade individual é controlada pela Lei de Deus. O crente não é livre para ocupar sua mente com qualquer coisa que deseje o seu coração. Muito embora as leis de um país assegurem a liberdade de expressão, para os cristãos tal liberdade é regulada pelos princípios da Palavra de Deus.

Outro aspecto é que em nome da liberdade de expressão os adolescentes ganham cada vez mais acesso à pornografia. Meninos de 12 a 17 anos são os maiores consumidores de pornografia, segundo estatísticas recentes. Por isto, a indústria pornográfica procura viciá-los cada vez mais, para ter uma clientela segura com o passar dos anos.

5) A pornografia pode ser usada como terapia – Esta é uma defesa radical da pornografia apresentada inclusive por setores feministas. De acordo com esta posição, o uso da pornografia, que é acompanhado geralmente pela masturbação, provê uma forma de escape sexual para aqueles que – por quaisquer motivos – não têm um parceiro sexual, como as pessoas que estão longe de casa, pessoas que enviuvaram recentemente, estão isoladas por causa de alguma enfermidade ou simplesmente porque escolheram ficar sozinhas. Entretanto, o uso de pornografia e masturbação como meio de extravasamento do impulso sexual viola os princípios da Palavra de Deus quanto à pureza sexual e o emprego da mente e de nossa sexualidade. Além da determinação das Escrituras para que os cristãos exerçam o domínio próprio nestas questões, existem outras maneiras de aliviar-se o impulso sexual, como a prática de exercícios físicos.

Também, de acordo com esta argumentação, casais podem usar pornografia para melhorar suas relações, assistindo juntos a vídeos eróticos, e experimentando variação em sua vida sexual, sem ter que cometer adultério. Entretanto, do ponto de vista bíblico, o fato de um cristão assistir com seu cônjuge a vídeos pornográficos não diminui a imoralidade do ato. Continua sendo adultério uma pessoa casada excitar-se sexualmente mediante as imagens de outros homens e mulheres mantendo relações sexuais, mesmo que faça isto junto com seu cônjuge.

6) É uma forma segura de sexo – Um outro benefício da pornografia, de acordo com grupos feministas, é que permite que as mulheres descubram e experimentem a sexualidade sem correr o risco de envolver-se com parceiros que as contagiem com doenças venéreas e AIDS, engravidem ou as sujeitem a humilhações e degradação. A isto respondemos que existem alternativas bíblicas para que as mulheres desenvolvam sua sexualidade de forma saudável e correta sem ter que recorrer à pornografia e à masturbação. Por exemplo, na escolha acertada de seus cônjuges e desfrutando o sexo dentro do casamento.

Podemos perceber que os argumentos em favor da pornografia não levam em conta qualquer questão de valor moral. Enfocam apenas as questões sociais e psicológicas. Os cristãos, entretanto, devem analisar esta questão e outras à luz da Palavra de Deus. Apesar de todos os argumentos em contrário, a pornografia em todas a suas formas continua sendo uma violação dos princípios bíblicos de pureza moral e sexualidade saudável e correta. Infelizmente, a consciência desta realidade nem sempre tem sido suficiente para evitar que cristãos se tornem consumidores de pornografia.

O Que Tem de Mais em Ver Pornografia?

Muito embora os evangélicos em geral sejam contra a pornografia (alguns apenas instintivamente) nem todos estão conscientes do perigo que ela representa. Mencionamos alguns deles em seguida:

1) Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado – A indústria pornográfica é uma grande fonte de renda para o crime organizado em todo o mundo, juntamente com o jogo e as drogas, movimentando bilhões de dólares por ano. A indústria da pornografia apóia e promove a indústria da prostituição e da exploração infantil. O dinheiro que pais de família gastam com pornografia deveria ir para o sustento de suas famílias. Alguns podem alegar que consomem apenas material soft contendo somente cenas de nudez — esquecendo que esse material é produzido pela mesma indústria ilegal que comercializa a pornografia infantil.

2) Consumir deliberadamente material pornográfico deixa cicatrizes para o resto da vida – As imagens ficam gravadas a fogo na mente e continuam lá para sempre, e vêm à tona com a excitação sexual. É similar a fumantes, que mesmo tendo deixado o cigarro, permanecem com manchas nos pulmões. É isto que testemunha um ex-viciado em pornografia, cujo depoimento anônimo na revista Leadership chocou o mundo evangélico: "Trago ainda hoje as cicatrizes do meu vício, apesar de já tê-lo vencido. Há a cicatriz da ‘inocência corrompida’. A pornografia se alimenta de nossa fascinação pelo que é proibido, e sempre estamos querendo mais. Minha vida de fantasia sexual extrapolava em muito a minha vida sexual real no casamento. Eu era um ‘voyeur’, experimentando sexo na solidão e isolamento, cada vez mais me afastando da minha esposa".

Mencionamos abaixo outras seqüelas da pornografia:

a) Insensibilidade para com as perversões sexuais, fazendo-as parecer cotidianas e rotineiras.

b) Comparação injusta entre o corpo do nosso cônjuge e aquele dos modelos apresentados no material pornográfico, provocando impotência e desinteresse sexual dentro do casamento.

c) O hábito da masturbação que se alimenta da pornografia, sua matéria-prima.

d) Despersonificação dos seres humanos, ao exibir seus corpos e órgãos genitais, sem que o rosto apareça.

e) Hábito de desnudar as pessoas com a imaginação, ou de entreter fantasias sexuais enquanto conversa com pessoas do sexo oposto.

3) O consumo de pornografia abate e escraviza o crente – Há muitos servos e servas de Deus que estão vivendo um conflito: querem servir ao Senhor de todo coração, mas se vêem escravizados à pornografia. Esta derrota tira-lhes a vontade de ir à Igreja, participar da Escola Dominical, ler a Bíblia e orar e de testemunhar de Cristo a outros.


Sobre isto, escreve o Pr. Jorge Luiz César Figueiredo em artigo na Internet: "Quando a prática [da pornografia] torna-se um círculo vicioso, torna-se algo terrível. Tenho ouvido testemunhos de jovens que lutaram muito para vencer, alguns tiveram que ser radicais e pediram aos pais para tirar o computador do quarto. Esse quadro também cria uma falta de compromisso com Deus; o jovem não quer compromisso, pois não quer pagar o preço da renúncia.

Se você enquadra-se nesse perfil sabe bem do que estamos falando. O sentimento de fracasso às vezes toma conta de você e até pensa em desistir, em largar Jesus, mas como você pertence ao Cristo de Nazaré, não pode mais voltar atrás".

4) Consumir deliberadamente material pornográfico é violar todos os princípios bíblicos estabelecidos por Deus para proteger a família, a pureza e os valores morais. A própria palavra "pornografia" nos aponta essa realidade. Conforme já vimos, ela vem da palavra grega pornéia.



Juntamente com mais outras três palavras (pornos, pornê e pornéuo) ela é usada no Novo Testamento para se referir à prática de relações sexuais ilícitas, imoralidade ou impureza sexual em geral. Freqüentemente essas palavras de raiz porn- aparecem em contextos ou associadas com outras palavras que especificam mais exatamente o tipo de impureza a que se referem: adultério, incesto, prostituição, fornicação, homossexualismo e lesbianismo.

O Novo Testamento claramente condena a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, é uma ameaça à pureza sexual e devemos fugir dela, pois os que a praticam não herdarão o reino de Deus. A pornografia explora exatamente essas coisas — adultério, prostituição, homossexualismo, sado-masoquismo, masturbação, sexo oral, penetrações com objetos e — pior de tudo — pornografia infantil.

De Onde Procede o Desejo de Ver Pornografia?

A pergunta que fazemos é: de onde procede este desejo de olhar e consumir material obsceno? Encontraremos as repostas na Bíblia, a Palavra de Deus.

Ela nos ensina que na criação Deus fez o homem e a mulher perfeitos e sem pecado e lhes deu alguns mandatos que deveriam ser obedecidos, mostrando-lhes que eram criaturas, apesar de terem sido criados perfeitos, sem pecado. Os mandatos foram estes, os quais continuam em vigor até hoje:

1. Mandato Cultural – "Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Gn 2.15). O homem foi colocado por Deus no jardim para cuidar das coisas criadas.

2. Mandato Espiritual – "E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.16-17). O homem foi criado para ter comunhão com Deus. Esta comunhão estava condicionada à obediência ao que Deus havia determinado quanto a não comer da árvore.

3. Mandato Social – "Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2.21-24). O homem foi criado com a capacidade de ter uma família. Este privilégio, porém, dar-se-ia dentro de algumas regras que estavam implícitas na sua própria criação:

a) Monogâmico. O casamento deveria ser monogâmico, isto é, entre um homem e uma mulher ("deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher", Gn 2.24).

b) Heterossexual. O casamento deveria também ser entre pessoas de sexos diferentes.

c) Sexo. As relações sexuais estão diretamente ligadas ao casamento. O plano de Deus foi que o sexo fosse desfrutado dentro do ambiente seguro do casamento. Isto fica implícito na expressão: "deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2.24).

Porém, depois da entrada do pecado no mundo todos esses valores foram distorcidos e os mandatos divinos para o homem foram atingidos:

Quanto ao mandato cultural, o homem que havia sido criado por Deus para cuidar das coisas criadas, tornou-se o próprio predador do universo. Veja como está a situação do mundo, da natureza, dos rios, dos mares! Estão todos sendo degenerados por causa do pecado do homem, por causa do próprio homem. O mandato espiritual foi igualmente atingido.


O homem foi criado por Deus para ser obediente à sua vontade. Entretanto, hoje ele anda fazendo a vontade do mundo, do diabo e da carne (Ef. 2.1-3). O mesmo pode-se dizer do mandato social. O homem foi criado para ser monogâmico, heterossexual e conhecer a sua esposa sexualmente somente no casamento.

Seguindo o que ocorreu com os dois primeiros mandatos de Deus depois da Queda, o mandato social foi duramente atingido pelo pecado. O homem começou a casar-se com mais de uma mulher e a cometer adultério. O apóstolo Paulo condena essa atitude: "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne" (1Co 6.16).

Depois do pecado, o homem é escravo do pecado de tal forma que as suas paixões e desejos são contrários à vontade de Deus, pois são carnais (Gn 6.1-3). Longe de Deus e da sua vontade, o homem cada vez mais se afasta das verdades de Deus e se entrega aos desejos do seu coração.

Deus na sua sabedoria criou o casamento para ser fonte de procriação (Gn 1.28), de companheirismo (Gn 2.18) e de prazer (1Co 7.4-5), indicando desta maneira que o sexo não foi criado para ser fonte de prazer sem compromisso. No entanto, por causa do pecado, o homem tornou-se amante dos prazeres (2Tm 3.4), vivendo a vida para a sua própria satisfação. O descumprimento do mandato social e sua degeneração por causa do coração do homem têm levado à prática de toda sorte de imoralidades (adultério, homossexualismo e toda sorte de bestialidades).

Portanto, a culpa primária pela difusão e consumo da pornografia não é da televisão nem das revistas do gênero, mas de um coração morto nos seus delitos e pecados. "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mt 15.19). Claramente Deus afirma na sua Palavra que os que praticam tais coisas não herdarão o reino dos céus: "... prostituição, impureza, lascívia... a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam" (Gl 5.19-21).

A pornografia utiliza a criação de Deus, que é o próprio ser humano, para se levantar contra Deus de tal forma que os seus membros são usados para a iniqüidade. A Bíblia, entretanto, nos convoca a oferecermos nossos membros ao serviço de Deus: "nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça" (Rm 6.13).

Como Evitar e Libertar-se da Pornografia?

Não precisaremos de argumentos sociais, médicos e psicológicos para justificar a necessidade de evitarmos e nos libertarmos da pornografia tais como AIDS, destruição familiar, vício, desvio financeiro para esse fim, a falta de segurança e higiene nos locais destinados a esse fim, entre muitos outros. Acreditamos que as razões bíblicas nos são suficientes para dizermos não, mesmo que tenhamos de lutar contra a nossa própria vontade e nosso próprio coração. "Aquele que quer vir após mim, a si mesmo se negue..." são as palavras de Cristo para a nossa reflexão.

Uma vez que entendemos que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona para o mal (Rm 3.10-12), temos que buscar meios pelos quais possamos não sucumbir às muitas tentações que nos sobrevirão, cientes de que "não nos vem tentação que não seja humana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação nos proverá também o livramento, de sorte que podemos suportar" (1Co 10.13); e ainda: "naquilo que ele mesmo (Cristo) sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hb 2.18).

Tais promessas de Deus são como lenitivo para a alma. Mesmo que o salário do pecado seja a morte, "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.23). Confiados nessas verdades ficamos fortalecidos para lutar contra as nossas concupiscências e fazer a vontade de Deus, pois "Ele é poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados, diante da Sua glória" (Jd 24).

Gostaríamos, portanto, de oferecer aos nossos leitores algumas sugestões de como podemos evitar o mal que chamamos de pornografia:

1. Ter cuidado com o legalismo. Paulo escrevendo aos Colossenses diz que as doutrinas dos homens como: "não manuseies isso ou não toques naquilo... não terão valor nenhum contra a sensualidade" (Cl 2.21-23). A mera letra não nos fará fugir da tentação, se não for acompanhada de uma disposição muito forte do nosso coração de abandonarmos o prazer que a pornografia porventura nos proporcione.

2. Evitar lugares que inspirem sensualidade. Uma vez livres do legalismo, cada homem ou mulher deve conhecer suas limitações e jamais provar seus limites. Temos que deixar morrer a nossa natureza terrena (Cl 3.5-8). Aqui cabem as palavras do Salmo 1: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores". Baseados nestas palavras sugerimos as seguintes atitudes:

a) Escolher bem as amizades. Evitar aqueles amigos que tentam nos desviar, não fazendo caso da Palavra de Deus.

b) Aconselhar-se com pessoas crentes e sábias, e não com os ímpios.

c) Elevar os nossos pensamentos a Deus. Meditar dia a dia na Sua Palavra (Salmo 1:2).

d) Fazer nosso culto particular a Deus e encher nossos pensamentos com coisas edificantes. Em Filipenses 4.8, Paulo nos ensina em que pensar: "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento".

sábado, 15 de janeiro de 2011

Fé e Obras

Fé e Obras
Publicado em 7 de novembro de 2010 – 1:27
por Rev. Rousas John Rushdoony


De acordo com Tiago, “a fé sem obras é morta” (Tiago 2.26). A relação necessária entre fé e obras é enfatizada por S. Paulo (Rm 3.31) e de forma muito forte pelo Senhor (Mt 7.16-29). Suas palavras significam que se você age como um imundo, isso é o que você verdadeiramente é, enquanto se você é piedoso em todos os seus caminhos, você é uma pessoa piedosa. Como o Senhor disse, uma árvore boa dá frutos bons, e uma árvore má dá frutos maus. Existe uma consistência entre fé e vida.

Joel R. Beeke descreveu isso da seguinte forma: “A obediência vem espontaneamente e é como o fruto produzido”. Ele diz também que o “novo nascimento infalivelmente produz uma nova vida”.

Isso, de forma muito simples, significa que o Senhor faz uma grande diferença na vida de uma pessoa. Não podemos escusar os caminhos maus de alguém dizendo que, sejam quais forem as suas ações, o seu coração ainda é reto perante o Senhor. Fazê-lo é insultar grosseiramente a Deus; isso implica que o poder regenerador da Sua graça é impotente para transformar uma pessoa.

Quando acontece um terremoto, isso faz diferença. Quando um furacão atinge uma cidade, você pode ver a força do seu movimento. Um terremoto e um tornado têm pouco poder quando comparados à graça regeneradora do Todo-Poderoso.

Há muitíssimas pessoas na igreja que alegam ser salvas e mesmo assim não são diferentes daqueles ao seu redor que estão sem Cristo. É de se admirar que algumas igrejas são impotentes?

A igreja viva, a igreja cheia de indivíduos regenerados, sempre tem sido um poder em movimento e abalador na terra. Deus, envie-nos pessoas que possam mudar a igreja e o mundo pelo Seu poder!

Verdadeira Adoração

Adoração
Publicado em 10 de março de 2009 – 18:50
por Rev. Gildásio Reis
“…o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras” Confissão de Fé de Westminster, 21, 1

Todo cristão, desejoso por crescer e se desenvolver, precisa cultivar uma vida com Deus. Se não estiver crescendo, vai estagnar ou morrer. A adoçarão coorporativa, solene, do povo de Deus é um meio crucial e essencial que Deus deu para nos ajudar nesse crescimento. (Hebreus 10:19-22).
Como Deus é exigente no que se refere ao seu culto, e sabendo que nossa adoração deve ser de acordo com o que está revelado em sua Palavra, queremos dar a você algumas sugestões[1] para sua preparação individual e familiar para uma participação mais significativa antes, durante e depois de nossos cultos de adoração.

1. Preparação Espiritual: Não devemos pensar que a adoração acontece automaticamente, só por estarmos todos no mesmo lugar.

A. Prepare sua mente e seu coração através da meditação e confissão.
(1) Pense sobre os atributos gloriosos e perfeitos de Deus e sobre seu caráter (por exemplo, sua majestade, sabedoria, poder e misericórdia). Leia uma porção das Escrituras que trate da adoração e do caráter de Deus (Exemplos: Is. 6;12;40:18-26; 55;61; Ef. 1;2;3; Hb. 1;2; I Pe. 1; Ap. 4:5). Adoramos melhor pensando sobre Deus e seus atributos.

(2) Humilhe-se perante o Senhor (Tg 4:10; I Pe 5:6), confessando atitudes pecaminosas tais como: indiferença, desinteresse, orgulho, amargura, falta de amor, falta de zelo, etc. O que fazemos antes do culto determinará o que acontece durante o culto. A forma da adoração não é tão importante quanto a condição espiritual do coração. ( Ed 9:5-15; Ne 9:1-38; Dn 9:1-20; I Rs 8:31-53; Sl 51; Is 66:2).

(a) Lembre-se de que adorar é dar ao Senhor a glória devida ao Seu nome (Sl 96:8); não é receber mas dar a Deus o louvor e gratidão que Ele merece.

(b) Reconheça e confesse que mesmo seus melhores e mais ferventes esforços em adoração não chegam perto daquilo que Deus merece (veja João 4:18-19; 15:15-16). Portanto, sua adoração precisará da misericórdia de Deus. Mas, ao mesmo tempo, alegre-se por Deus, em Cristo, ter estabelecido provisão para estas necessidades.

(c) Exorta-se, lembrando-se de que um culto relaxado e mal-preparado é um insulto a Deus, mostrando desrespeito, falta de amor, preocupação e estima por Ele. Mas ao mesmo tempo lembre-se de que Deus graciosamente convida pecadores que confiam na justiça de Cristo para virem ousadamente à Sua presença para adorá-lo e serem revigorados (Rm 5:1-11; 8:1; Hb 4:14-16).

B. Prepare sua mente e coração através da oração
(1) Reserve tempo para orar pedindo a Deus que dê um espírito de louvor, adoração, agradecimento, temor e um coração inteiramente voltado ao louvor ao Senhor (Sl 96:8, Sl 9:1;28:7; 34:1-3; 86:11; 103:1-5; Jr 9:23-24; 17:5; Mt 15;8; Cl 3:16-17; Hb 12;28-29; 13-15).

(2) Ore por outros irmãos da Igreja à medida que eles também se preparam para adorar a Deus, pedindo ao Senhor para preparar seus corações para louvar e ouvir a Palavra pregada.

(3) Ore para que a pregação seja ungida por Deus, e para que seus ouvidos estejam prontos para ouvir e obedecer a Palavra de Deus.

(4) Ore pelos dirigentes do culto, pelo pregador, Coral, Equipe de Louvor e por outros que participarão, para que o planejamento, seleção musical, leituras das Escrituras, e tudo o mais contribuam para o verdadeiro culto, usados para promover adoração vibrante e para trazer glória e louvor a Deus, bem como alegria ao povo de Deus.

(5) Agradeça a Deus pela Igreja e pelos membros individualmente. Agradeça a Deus pelo privilégio que você tem de adoração e comunhão com seus irmãos em Cristo. Agradeça a Deus pelo fato de a IPO ser um organismo interdependente, por precisarmos uns dos outros (I Co. 12). Peça a Ele que nos torne uma harmoniosa orquestra para trazer-lhe louvor e adoração.

(6) Peça a Deus que dê a você um espírito de amor, cuidado, serviço, encorajamento, afeição, zelo e humildade para com outros no corpo, para que você possa contribuir para construir uma atmosfera de amor, recepção cordial, boa acolhida e encorajamento (I Ts. 3:12; Gl. 5:13; Rm 12:10; 16:16; I Co. 16:20, Fl. 4:21; Ef. 4:32; I Pe. 5:5; Hb. 10:24-25). Peça por sensibilidade às necessidades dos membros da Igreja (I Co.12:25; Gl. 6:2).

(7) Confesse quaisquer pecados de atitude ou ação que você possa ter contra um outro irmão na igreja, por exemplo: amargura, inveja, espírito de julgamento ou critico. Confesse a Deus e, se necessário peça perdão à pessoa.

(8) Ore pelos visitantes e convidados e por aqueles que não conhecem o Senhor, que Deus use nosso culto e Sua Palavra para trazer pessoas ao Seu Reino.

(9) Ore para que o pregador seja sensível à direção do Espírito e às necessidades das pessoas enquanto proclama o evangelho.

(10) Peça a Deus que dê a toda a nossa igreja um espírito de amor por novas pessoas; que possamos ter atitudes hospitaleiras e recebê-las em nossa comunhão e no Senhor.

(11) Ore pelo Departamento Infantil, UCP e por toda Equipe do Geração Futuro que incrementam uma experiência de adoração e ministra a Palavra de Deus as nossas crianças.

2. Preparação Física

A. Tenha uma boa noite de sono na noite de sábado para que você possa estar ativo e disposto para o estudo da Palavra de Deus na manhã de domingo na Escola Dominical. Evite ficar acordado até tarde da noite de sábado. Uma pessoa cansada fisicamente e com sono não desfrutará de modo produtivo da aula.

B. Planeje chegar à igreja cinco minutos mais cedo, não cinco minutos atrasado. Isso exigirá um planejamento de seu tempo.
3. Antecipação Espiritual: Venha para o culto perguntando-se:

A. Como Jesus pode falar comigo neste domingo (através dos cânticos, hinos, convite à adoração, leitura das Escrituras, do sermão, do estudo, uma palavra de encorajamento ou testemunho de outros, etc)?

B. Como o Senhor pode falar através de mim ou alcançar outros através de mim neste domingo (por exemplo, uma palavra de encorajamento, apoio ou admoestação, um ouvido aberto, um breve tempo de oração ou compartilhamento da palavra, etc)?

4. Participação Reverente

A. Cumprimentem-se uns aos outros afetuosamente.

B. Ore com alguém enquanto está assentado e esperando o início do culto.

C. Ore pelo culto silenciosamente antes de seu início.

D. Cante com entusiasmo e alegria (Ef 5:18-20). Pense sobre as palavras e aplique-as a sua vida como orações de louvor ou pedido. Entusiasmo e sorriso são encorajadores e contagiantes para outros e indicam prazer no Senhor (sl. 37;4; Is 58:14; 61:10).

E. Ouça às leituras das Escrituras com cuidado. Silenciosamente responda com confissão de pecado, adoração e contrição.

F. Ore silenciosamente durante o culto pela adoração, pela pregação, pelo pregador, e pelas pessoas ao seu redor, para que Deus use Sua Palavra para convencer, converter e edificar.

G. Ouça cuidadosamente e acompanhe ativamente aos que oram audivelmente no culto público. Responda em seu coração com “Sim, Senhor, eu concordo com esta oração e também oro assim”, que é o significado da palavra “Amém”.

H. Na hora do sermão, lembre-se de que você está ali para adorar e não para criticar o pregador.
Procure apenas ouvir a Deus em Sua Palavra e você será corretamente instruído pelo Espírito.

O Catecismo Maior de Westminster, questão 160, dá uma resposta muito útil à pergunta: Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada?
Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência, preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que recebem a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de Espírito, como a Palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros; que a escondam, nos seus corações e produza, os devidos frutos em suas vidas.

I. Ouvir ao sermão da maneira indicada pelo Catecismo Maior será um grande encorajamento para seu pregador e pode contribuir para aumentar a qualidade de sua pregação. Como encorajar seu pregador através de sua atenção e aplicação sincera da Palavra:
a. Contato visual
b. Concentração
c. Respostas positivas (sorrisos, sinais de confirmação, linguagem corporal positiva, anotações etc.)
d. Encorajamentos verbais após o sermão. Fale de um ponto especifico que ajudou você e ao qual você deseja obedecer.
e. Aplique e relate seu progresso espiritual e como a Palavra pregada está impactando você.

5. Após a Escola Dominical e o Culto
A. No Dia do Senhor (domingo)
Uma excelente dica aos pais: Aproveite os momentos quando reunido com sua família, como por exemplo, à mesa de refeições, após a Escola Dominical:

1. Faça uma “Pesquisa sobre o domingo”, com os pais e filhos perguntando:
a. Como o Senhor falou com você hoje?
b. Em como a aula de hoje lhe ajudou a entender e viver melhor a vida cristã?
2. Discuta o sermão – Algumas perguntas-chave:

A. Perguntas mais gerais:
1. Qual foi o ponto central ou objetivo do sermão?
2. Quais as idéias principais tratadas pelo pregador?
3. Houve alguma coisa que você não entendeu no sermão? O quê? (Os pais podem ajudar seus filhos na compreensão do sermão).

B. Perguntas específicas:
1. Algum pecado do qual você deva se libertar?
2. Alguma ameaça que faria você tremer?
3. Algum conforto ou promessa que você deva abraçar?
4. Como sua fé foi encorajada?

3. Conduza sua família em um período de oração
a. Pelo perdão dos pecados;
b. Pela graça e pela fé para viver honradamente, servindo a Deus com alegria e prazer;
c. Pela igreja, pelos pastores, presbíteros, diáconos e outro líderes;
d. Pelos perdidos que você conhece, e pelo sucesso do evangelho em sua comunidade.

B. Durante a Semana
1. Pais, encorajem a si mesmos e a seus filhos para que sejam diligentes na adoração particular, na leitura das Escrituras, oração e cânticos.
2. Pais, conduza o culto familiar, com um breve tempo para reunir toda a família para entoar cânticos de louvor, ler as Escrituras e para oração.
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Rev. Gildásio Jesus Barbosa dos Reis, pastor da Igreja Presbiteriana de Osasco e professor de teologia pastoral no Seminário Presbiteriano “Rev. José Manoel da Conceição” – SP
[1] Estas sugestões foram extraídas e adaptadas do livro de David Eby. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja. Editora Candeia. São Paulo:SP. 2001 (pp. 187-194)

Publicado em em terça-feira, março 10th, 2009 às 18:50 na categoria
Teologia do Culto .
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Cantar

Cantar
Publicado em 13 de agosto de 2010 – 10:34
por Wilhelmus a Brakel

Cantar é um exercício religioso mediante o qual, com modulação adequada da voz, nós adoramos, rendemos graças e louvamos a Deus.

Trata-se de um exercício religioso, pois utilizamos a habilidade e a doçura de nossa voz a fim de mover outros a se relacionarem com Deus. Deus deu voz ao homem para que fizesse conhecido os seus pensamentos. Ele deu ao homem a capacidade de modular sua voz em um tom alto e em um tom baixo, ou de falar devagar e rápido. Dessa forma, Ele o habilitou a tornar a sua voz doce e agradável. É também vontade de Deus que utilizemos a nossa voz em oração, em ações de graças e no nosso falar com Ele: “Faze-me ouvir a tua voz” (Cântico II, 14). Visto que a modulação de nossas vozes em um ritmo adequado é capaz de abrir o nosso coração e de mexer com nossas emoções, Deus, assim, também deseja que Lhe elevemos os nossos corações no cantar: “cantando ao Senhor com graça no coração” (Col. III, 16). Entretanto, nossa voz e a melodia em si mesmas não são agradáveis a Deus: o que Lhe agrada é o mover do coração no que diz respeito às coisas espirituais que expressamos diante do Senhor no cantar que Lhe agrada. Tanto a voz como a melodia são meios de nos colocarmos em um humor espiritual e de elevarmos os nossos corações às regiões celestiais, bem como os corações daqueles que nos escutam.

O Próprio Uso da Voz
Faz parte do canto a modulação adequada da voz. Pode-se cantar sem habilidade quando, por exemplo, temos uma inclinação a cantar sozinhos para dar expressão aos assuntos que lemos (registrados em forma não-poética), ou àqueles que fluem de um coração piedoso. Isso é feito ao modular a voz entre um tom alto e baixo, no canto vagaroso ou rápido, mas não de uma forma artística, e sim segundo o mover do coração. Um fazendeiro muito piedoso, que eu conheci muito bem, costumava dizer: “Quando estou sozinho na minha plantação, sou capaz de cantar todos os salmos, mesmo que não conheça as suas melodias”. Muitos dos fieis poderão confirmar isso com sua própria experiência. O Senhor deu a algumas pessoas a capacidade de criar peças musicais com arte, que expressão as afeições do coração de uma forma maravilhosa e que mexem com nossas emoções de um modo incrível. Assim como os construtores da arca de Noé não receberam vantagem da estrutura que construíram, visto ter sido feita para Noé e sua família, aqui também nos deparamos com uma situação semelhante. Muitos musicistas se destacam. Contudo, isso é para o benefício dos fiéis. A estes pertence a terra e tudo o que nela se contém. O mesmo se aplica a todas as formas de arte: podem, livremente, fazer uso delas. A forma como alguém é movido pela música será consistente com a natureza de seu coração. Um homem natural só será movido em um sentido natural, ao passo que a melodia mexerá com o coração espiritual em um sentido espiritual.

Os Diversos Tipos de Canções

Algumas composições musicais são de natureza majéstica e dignificada. Por elas, o coração é inclinado à solenidade e à reverência. Tal é o caso nas melodias dos Salmos de Davi que são entoados na igreja. Outras composições são de uma natureza melancólica, pelas quais somos movidos à contrição, até mesmo ao choro. Outras ainda são de um caráter jubilante, erguendo o coração para jubilar: tal é o canto dos Salmos nas igrejas escocesas. Além dessas, outras são de uma natureza deveras rítmica, levando o coração a saltar e a pular de regozijo, como foi o caso quando Ana disse em seu coração: “Meu coração exulta ao Senhor” (1Sm. II, 1). Outras composições são de caráter severo, levando o coração à ira e, por assim dizer, a demandar vingança. Se, todavia, o coração for espiritual, esse coração espiritual, através de várias melodias, haverá de perceber quais são as afeições espirituais consistentes com essas melodias e, através dessas afeições interiores, ele será levado para perto de Deus, seja em contrição, júbilo, regozijo, alegria ou em ação de graças e louvor a Ele. Portanto, o homem espiritual não interage meramente com a melodia. Pelo contrário, a melodia na verdade complementa o aspecto espiritual e este, por sua vez, complementa a melodia. E ambos os casos envolvem o coração. Logo, pode ser que o coração, dependendo da disposição, influencie tanto o conteúdo como a melodia. Ou pode ser também que o conteúdo e a melodia influenciem o coração dessa forma. Quanto mais agradável forem as vozes ou instrumentos a cantar e a soar essas melodias, mais o coração será afetado. Quando Jeosafá e os dois reis mostraram a Eliseu o perigo em que se encontravam os seus exércitos por conta da ausência de água, ele disse: “Ora, pois, trazei-me um músico”. E “sucedeu que, tocando o músico, veio a mão do Senhor sobre ele” (2Reis III, 15). Devido à sua execução do instrumento, seu espírito foi movido e, tendo sido trazido à disposição adequada, ele recebeu a revelação de que haveriam de receber água.

O Canto Tem Sido Praticado Desde os Primórdios
Criaturas têm se ocupado com o canto desde o começo da criação. Os anjos, tendo sido criados no primeiro dia e servindo de testemunhas à criação pelos cinco dias seguintes, glorificaram a Deus a respeito disso no seu canto: “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam” (Jó XXXVIII, 7). Nem tudo o que foi entoado antes do tempo de Moisés foi registrado, mas é plausível que os personagens piedosos, desde o tempo de Adão, tenham se deleitado no cantar. Jó, que segundo dizem, viveu durante o tempo de Abraão, faz menção do canto no seu livro: “Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite” (Jó XXXV, 10). Após os filhos de Israel terem deixado o Egito e passado pelo mar sobre terra seca, eles louvaram ao Senhor em canto: “Então cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor” (Ex. XV, 1). O nonagésimo salmo tem o seguinte título: Uma Oração de Moisés. Com a sua morte iminente, Moisés deu aos filhos de Israel um cântico que lhe fora ditado pelo Senhor (Dt. XXXI, 16-30). Depois da derrota de Sísera, Débora cantou um cântico (Jz. V, 1).
Davi foi o suave salmista (2Sm. XXIII, 1). Labor diário seu era cantar ao Senhor com instrumentos e levantar a voz e o coração a Deus. Em Sua bondade, o Senhor deu vários salmos a Davi por Sua Palavra. Nós temos os principais, mas tanto a arte da poesia hebraica como as melodias nos estão, em grande parte, acobertadas. Penso que mesmo toda a música que se encontra no mundo hoje em dia não se compara à música de Davi. Eu creio que a melodia foi composta em harmonia com as afeições do coração, dando expressão a elas de uma forma bastante apropriada. E, visto que a melodia procedeu de uma disposição espiritual de coração, ela foi incrivelmente capaz de despertar essas emoções em outras pessoas também. A melodia de um salmo, por isso, não poderia ser utiliziada para qualquer outra canção, visto que a melodia só se aplicava àquela afeição interna e àquela letra. A combinação dos tons musicais, afeições internas e letra foi tamanha, que levaria seus ouvintes a um êxtase. A música de nossa época não provoca tal efeito. Nós entoamos a melodia independente de ela ser consistente com tanto as afeições internas do coração como a letra. Ora, a arte da poesia e da canção consistiam primariamente nesses dois elementos durante aquela época. Por isso, simplesmente não é prático procurar descobrir o método artístico de Davi, muito menos as melodias que ele compôs. Apesar disso, existem aqui e acolá alguns elementos presentes também na poesia grega, latina e holandesa.

A Escritura nos Conclama a Cantar
Davi não cantou meramente para si, mas continuamente exorta todos a cantar. Com esse propósito, ele entregou seus salmos para que fossem cantados no templo pelos mestres de canto em ofício. As referências textuais a isso são tão numerosas, que nem preciso de mencionar. Também encontramos salmos, depois da época de Davi, entre os profetas, acompanhados de exortações ao canto. Achamos também tais exortações entre aquelas profecias que declaram que nos dias do Novo Testamento os homens louvariam ao Senhor com o canto. “Cantai ao Senhor, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra” (Is. XII, 5). “Naquele dia cantai a ela, uma vinha de vinho tinto” (Is. XXVII, 2). “Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao Senhor toda a terra” (Sl. XCVI, 1).
Não é só o Antigo Testamento que nos exorta a cantar, mas também o Novo. “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais” (Ef. V, 19); “… ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais” (Col. III, 16); “Está alguém alegre? Que salmodie” (Tg. V, 13); “cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1Cor. XIV, 15); “E cantavam um novo cântico” (Ap. V, 9).

Outros Cânticos Espirituais Além dos Salmos
Diversos homens piedosos compuseram canções espirituais para esse propósito com uma variedade de melodias. Parece que Lutero foi o primeiro a fazê-lo durante a Reforma. Os seus cânticos são ainda hoje cantados com edificação pelos luteranos em suas igrejas, bem como privadamente por nós. E recentemente o inesquecível Justus van Lodesteyn compôs uma coletânea de canções insuperável em termos de espiritualidade. Clement Marot colocou os primeiros cinquenta Salmos de Davi em rima no idioma francês e Teodoro Beza, os outros cem. Depois disso, Claud. Gaudamelius [Claude Goudimel], um músico famoso de Paris (que pereceu como mártir no massacre de Paris), compôs as melodias, que são insuperáveis na opinião dos músicos. Petrus Dathenus os traduziu do francês em forma poética, preservando as mesmas melodias. Seria bom se algum poeta piedoso e habilidoso pudesse tomar para si a tarefa de melhorar as traduções, colocando-as em poesia de uma forma idêntica e em melhor harmonia com o texto original, de modo que o resultado seja aceitado para o uso público nas igrejas. A decisão dos Sínodos holandeses foi de fato muito correta, a saber, que nada além dos Salmos de Davi deve ser utilizado nas igrejas.

Lamento Pela Negligência Generalizada do Canto
Particularmente, penso ser impressionante que na Holanda os piedosos tenham tão pouco desejo de cantar e que se disponham a fazê-lo de forma tão infrequente. É verdade que cantar pouco é consistente com o caráter lânguido da nossa nação (se comparada a outras nações). Não obstante, as pessoas mundanas cantam um bocado, mas cantam canções vãs para agitar o coração rumo à vaidade e à imoralidade. Os piedosos estão, todavia, em silêncio. Um diz: “estou muito ocupado”. O outro, “não tenho boa voz”, e o terceiro: “não sei melodia alguma”. O quarto, “eu não ousaria! E se os vizinhos me ouvissem e me considerassem um hipócrita?”. Tudo isso, entretanto, não trata do verdadeiro problema, qual seja, a falta de vontade. Se o coração fosse mais espiritual e mais alegre, iríamos com prontidão louvar ao Senhor com alegre canto e, assim, despertar a nós e aos outros. E não falo aqui somente do canto na igreja: mesmo ali, muitos não cantam. Para alguns, o melhor que conseguem fazer é ler o Salmo em silêncio).

Exortação ao Canto

Assim, é necessário que eu convide todos a cantar, não somente os salmos, mas também outros cânticos espirituais. Portanto, crentes, livrem-se da letargia! “Servi ao Senhor com alegria: apresentai-vos diante dEle com cânticos” (Sl. C, 2).
Primeiramente, você deve perceber que o cantar não é uma questão neutra, algo em que você pode ou não se envolver. Pelo contrário, é mandamento de Deus. Tal como mostrado anteriormente, Deus requer isso de você e deseja ser servido dessa maneira. Tome a citação acima junto com outras parecidas e guarde-as no coração como algo mandatório. Comece seu envolvimento nesse dever com um coração obediente: abra sua boca, que seu coração fechado haverá de se abrir também.
Em segundo lugar, Deus criou essa capacidade na própria natureza do homem. Podemos observar isso em crianças de três ou quatro anos de idade. Repare em como elas andam pela casa e cantam ao mesmo tempo. Observe como mesmo na natureza os pássaros, à sua maneira, já louvam seu Criador cedo de manhã através do canto. Se for sair de casa pela manhã, ou se tiver pássaros em casa, você os ouvirá. Ora, será que as criancinhas e os pássaros lhe servirão de repreensão e você, que tem a maior razão do mundo para cantar alegremente permanecerá ainda assim mudo e calado?
Em terceiro lugar, isso é obra de anjos, pois eles glorificam a Deus com o canto (Cf. Jó XXXVIII, 7; Lc. II, 13-14; Ap. V, 11-12), e também é obra da igreja na terra e no céu: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap. V, 9); “E cantavam um como cântico novo diante do trono … e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” (Ap. XIV, 3); “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos” (Ap. XV, 3). Se você não tem desejo algum de cantar, então o que você fará na igreja e no céu? Além disso, se você deseja engrandecer o Senhor com um aleluia eterno, você deveria começá-lo aqui na terra.
Em quarto lugar, Deus se compraz de forma especial quando Seus filhos O louvam em canto. Lá onde o Senhor for suavemente louvado em canto, Ele virá com Suas bênçãos. “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel. “ (Sl. XXII, 3). É notável o que ocorreu na dedicação do templo. “E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam … então a casa se encheu de uma nuvem … E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do SENHOR encheu a casa de Deus” (2Cr. V, 13-14). Quando Jeosafá, juntamente com seu exército, ergueram suas vozes em alegre exclamação e canto (2Cr. XX, 22), o Senhor derrotou os seus inimigos. Quando Paulo e Silas cantaram louvores a Deus no meio da noite, as portas da prisão foram abertas e os grilhões de todos os prisioneiros foram soltos (Atos XVI, 25-26). Portanto, se você quer agradar o Senhor, e deleitar-se com Sua visitação na alma, e se deseja experimentar o Seu socorro, então pode ir se acostumando a cantar.
Em quinto lugar, o canto mexerá com um coração que dificilmente se aciona durante a oração. Pode ser que, durante o canto, as lágrimas caiam sobre o livro. Já passou por isso? Nunca foi movido pelo cantar de outras pessoas? Outros, portanto, também se comoverão através do seu canto. Os papistas na França sabiam disso e, por causa disso, proibiram estritamente o canto dos Salmos e adotaram uma punição cruel para isso, mesmo antes do massacre da igreja [que ocorreu em 1572 - NT]. Portanto, não continuem calados, mas ergam suas vozes. Apesar do diabo e de todos os inimigos de Deus, ergam-nas para a honra e a glória do seu Deus, visto que isso já lhes fez muito mais bem (e ainda faz) do que se deixassem de dar graças ao Senhor com cânticos de louvor. Você devem fazê-lo, além do mais, com vistas a levar outros a servir ao Senhor com alegria. Assim, será manifesto a todo homem natural que a piedade é uma vida de regozijo, e não de pesar. E eles a desejarão também. E, se cantarem, cantem com entendimento, com fervente desejo, conscientes da presença do Senhor (e, portanto, reverentemente), com comportamento discreto, com atenção interior e aparente, para que tudo seja adequado diante do Senhor e à edificação dos que estão à nossa volta

Conhecendo O Verdadeiro Deus

Conhecendo O Verdadeiro Deus
por
Rev. Steven Houck
Ministro nas Igrejas Protestantes Reformadas

Vida Eterna
Você conhece ao Deus verdadeiro? Não o deus da imaginação dos homens, mas o Deus que é descrito na Bíblia? Você O conhece com um conhecimento íntimo, de forma que O ame e O sirva? Esta é uma questão mui importante. A Bíblia nos ensina que a vida eterna é conhecer a Deus e ao Seu Filho Jesus Cristo . Jesus diz, “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste ” (João 17:3). Se for para você ter vida eterna e viver com Deus para sempre no céu, você deve conhecer a Deus e ao Seu Filho, Jesus Cristo.
Se estiver interessado em conhecer o Deus verdadeiro, por favor, considere cuidadosamente o seguinte.
O Deus Verdadeiro
A Bíblia ensina que Deus é mui grande e glorioso . Ele é o Altíssimo Deus. “Exaltado está o SENHOR acima de todas as nações, e a sua glória sobre os céus. Quem é como o SENHOR nosso Deus, que habita nas alturas? O qual se inclina, para ver o que está nos céus e na terra! ” (Salmos 113:4-6). Deus é tão grande que ninguém é como Ele. Não há nenhum ser em todo o mundo que possa ser comparado a Deus. Deus é três Pessoas num Ser Divino: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é infinito, auto-suficiente, imutável e soberano. Ele é todo-poderoso, onisciente e presente em todo lugar. O Deus dos céus e da terra é o santo, justo e reto Deus. Ele é cheio de amor, graça e verdade. Ele é tão grande que Sua glória está acima de todas as nações e até mesmo acima dos céus. Nós não somos nada em comparação co m Ele. “Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã ” (Isaías 40:17).
A grandeza de Deus pode ser vista nas maravilhosas obras que Ele realiza. A Bíblia ensina que Deus é o Criador de todas as coisas . Em Gênesis 1:1 lemos, “No princípio criou Deus os céus e a terra”. O universo não veio à existência por algum tipo de processo de evolução. Ele foi criado por Deus em seis dias. Deus meramente falou Sua palavra todo-poderosa e o mundo veio à existência. “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca...Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu ” (Salmos 33:6,9). Deus é tão grande que Ele fez o mundo a partir do nada. A Bíblia ensina que, “...os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente ” (Hebreus 11:3). Toda criatura, incluindo você, deve sua existência a Deus.
Deus não somente é o Criador do mundo, mas Ele é também o Sustentador do mundo . Ele sustenta o mundo de forma que ele continua a existir. “Só tu és SENHOR; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora ” (Neemias 9:6). Sem o poder preservador de Deus o mundo inteiro cessaria de existir. O universo não pode permanecer por si mesmo. Ele foi criado por Deus e, portanto, necessita de Deus para a sua própria existência. Você não pode ser nada e não pode fazer nada sem o poder sustentador de Deus. Deus “dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas... p orque nele vivemos, e nos movemos, e existimos...” (Atos 17:25,28). Você não pode nem mesmo se mover sem o poder sustentador de Deus.
A grandeza de Deus é demonstrada não somente pela criação e sustentação do mundo, mas por Seu controle sobre o mundo. Deus é o Governador do mundo . “O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo ” (Salmos 103:19). Deus é o único “Soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores ” (1 Timóteo 6:15). Ele não é um Deus fraco cuja vontade é frustrada pela criatura. Ele é o eterno Reio que domina sobre todas as coisas, incluindo você e eu. Ele controla tanto todas as coisas do mundo que Ele produz o que Ele eternamente planejou para o mundo e para tudo o que há nele. Ele “faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade ” (Efésios 1:11). Deus é o seu Governador e Rei.
Dessa forma, nenhuma criatura em todo o mundo é independente de Deus. Todos nós temos necessidade de Deus. Você deve sua própria vida ao Deus verdadeiro. Além do mais, Deus te criou para a Sua própria glória . A Bíblia diz de Deus, “... porque Tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas ” (Apocalipse 4:11). Você não foi criado para o seu próprio prazer. Você não foi criado para que simplesmente exista. Você foi trazido à existência para o prazer e para a glória de Deus.
O Requerimento de Deus
Visto que Deus é o grande e glorioso Criador, Sustentador e Governador do mundo, Ele é digno de sua honra e respeito . Lemos na Bíblia, “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas... ” (Apocalipse 4:11). Em todas as obras que Ele realiza, Deus Se mostra ser tão maravilhoso e tão grande, que você deve permanecer em temor diante dEle. Deus requer que você O tema e reverencie . “Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo ” (Salmos 33:8). Isto não é uma opção. É o mandamento de Deus. Você é moralmente obrigado a ter um profundo respeito pelo seu Criador.
A reverência que Deus requer de você é para ser expressa em adoração, gratidão e serviço. Como uma criatura de Deus, você deve adorá-Lo. “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou ” (Salmos 95:6). Deus te chama para conhecê-Lo como o seu Criador, Sustentador e Governador, ajoelhando-se diante dEle em adoração. Sua adoração deve ser uma expressão de sua gratidão por tudo o que o seu Criador tem feito por você. A Bíblia te chamar a cantar louvores a Ele. “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras...entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome ” (Salmos 100:1,4). Toda a sua vida deve ser separada para o serviço de Deus. Todos os seus talentos, tempo e recursos devem ser usados para a Sua glória. Jesus diz, “...Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás ” (Lucas 4:8).
Adoração, gratidão e serviço devem ser expressos em obediência aos mandamentos de Deus. A Bíblia dia, “... Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem” (Eclesiastes 12:13). O seu dever para com Deus foi te dado na lei de Deus. Nos dez mandamentos Ele te diz o que requer de você. A lei de Deus é encontrada na Bíblia dezessete primeiros versículos de Êxodo, capítulo vinte.
Nos quatro primeiros mandamentos você aprende seu dever específico para com Deus.
Você deve ter somente um Deus, o Deus verdadeiro da Bíblia. Somente Ele é para ser o objeto de seu amor e adoração. Todos os outros deuses são falsos deuses. Os deuses das outras religiões e os deuses do prazer, dinheiro e poder devem todos ser abandonados;
Você não pode representar a Deus por nenhum tido de imagem, nem pode adorá-Lo através de uma imagem. Você deve adorar a Deus ouvindo e obedecendo a pregação de Sua Palavra.
Deus proíbe que você tome o Seu nome em vão para amaldiçoar, jurar e usar o Seu nome de uma forma insignificante. Você deve ser cuidadoso em temer e reverenciar Seu santo nome.
Deus te chama a guardar o Seu santo dia de Repouso (Domingo). Ele é um dia especial. Você não deve usá-lo para trabalhar ou se recrear, mas para a adoração e serviço de Deus. Você deve atender aos serviços de uma igreja na qual a Verdade da Bíblia é pregada.
Deus não somente requer que você se comporte de uma certa maneira diante dEle, mas que você aja de uma certa maneira para com a humanidade. Estes deveres são encontrados nos últimos seis mandamentos. .
Você deve honra ao seu pai e a sua mãe e todos aqueles que estão em autoridade sobre você, como oficiais do governo, líderes da igreja e seu patrão. Esta honra é expressa em respeito, submissão e obediência.
Deus proíbe que você odeie, prejudique ou assassine qualquer pessoa, incluindo você mesma. Deus abomina a inveja, o ódio, a ira e os desejos de vingança. Você deve amar até os seus inimigos.
Você não deve ter relações sexuais com ninguém que não seja legalmente seu marido ou esposa. Deus também proíbe o adultério do coração – pensamentos e desejos lascivos.
Você não pode roubar nada que pertença a outrem. Você deve ganhar as suas possessões por seu próprio labor honesto.
Você não pode trazer falso testemunho contra ninguém, caluniando, criticando ou espalhando rumores. Toda mentira é proibida.
Você não pode cobiçar (desejar em seu coração) nada que pertença a outrem.
Deve ser evidente que Deus não requer somente obediência externa, mas obediência de coração. Seu coração deve odiar tudo o que Deus proíbe e se deleitar em toda justiça. Jesus nos ensina que a lei de Deus pode ser resumida em uma palavra – amor . Ele diz, “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas ” (Mateus 22:37-40). Deus requer nada menos do que perfeito amor. Você deve amá-Lo de todo o teu coração. O amor deve ser a base de toda a sua reverência, adoração, gratidão e serviço.
O Fracasso do Homem
Se você entende que Deus é o seu Criador, Sustentador e Governador, que requer que você O ame, adore e sirva, você deve também entender algo mui básico sobre você mesmo. Você é um pecador que falha em cumprir a sua obrigação para com Deus . Você não O ama, adora e serve como deveria. Você não guarda os dez mandamentos que Deus deu. Embora você possa não desobedecer exteriormente alguns daqueles mandamentos, você quebra cada um deles em seu coração. Você não ama a Deus de todo o seu coração, alma e força. A sua vida toda não é consagrada à adoração e serviço de Deus. Você é ímpio e deve dizer, “Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens?... Quantas culpas e pecados tenho eu?... Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca ” ( 7:20; 13:23; 40:4). Se negar que é um pecador, você está sendo desonesto consigo mesmo e com Deus. A Bíblia diz, “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1 João 1:8).
Aparte da graça de Deus, ninguém pode fazer algo que seja bom e agradável a Deus. Todas as pessoas são iguais, isto é, todas são pecadoras. “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só ” (Romanos 3:10-12). Não há exceções. Cada uma falha em cumprir seu dever para com Deus. Mesmo aqueles feitos que parecem ser bons não são bons o suficiente para Deus. A Bíblia diz, “...todas as nossas justiças são como trapo da imundícia.. ” (Isaías 64:6). Deus requer perfeição, mas o homem está longe de ser perfeito.
Sua incapacidade de cumprir o seu dever diante de Deus não deve ser atribuída a Deus. Ele criou o homem justo e capaz de fazer tudo o que Ele requer. Mas nosso primeiro pai, Adão, rebelou-se contra Deus. Ele desobedeceu a Deus e caiu de seu estado de justiça em pecado. Como resultada daquela queda no pecado, a natureza espiritual interna de Adão se tornou má. Em vez de amar e servir a Deus, ele amou e serviu ao pecado e ao diabo. Esta natureza espiritual corrompida de Adão passou para toda a sua posteridade. Porque somos descendentes de Adão, também herdamos sua natureza corrompida . “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12). A Bíblia esta corrupção espiritual de morte – morte espiritual. Você peca porque sua natureza espiritual interior é má. Você está espiritualmente morto. A Bíblia fala da natureza interior má do homem quando diz, “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? ” (Jeremias 17:9).
Além do mais, sua incapacidade de cumprir o seu dever não muda o fato de que Deus ainda requer o mesmo. Deus não muda. Ele ainda é o Santo Deus . Os anjos clamam diante dEle, “Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos exércitos ” (Isaías 6:3). Como o Santo, Deus é eticamente perfeito. Ele mesmo não pode pecar e não tolera o pecado nos outros. Deus odeia o pecado e aqueles que o cometem. A Bíblia diz de Deus, “Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. Destruirás aqueles que falam a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento” (Salmos 5:4-6). Deus é um Deus zeloso . Ele diz, “Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; é um Deus zeloso” (Êxodo 34:14). Embora você seja um pecador, ainda é uma criatura de Deus e Ele zelosamente o proíbe de ter outros deuses. O Deus Zeloso demanda que você ame, adore e sirva somente a Ele.
Porque o homem não cumpre o Seu dever diante de Deus, todos sem exceção são dignos da condenação e destruição eterna de Deus. Você merece o castigo eterno no inferno . Deus é tão zeloso de Sua santidade que Ele deve punir todos pelos seus pecados. “O SENHOR é Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente... ” (Naum 1:2-3). No fim do mundo Deus enviará aos tormentos eternos do inferno todos aqueles que não foram salvos por Sua graça e que, portanto, estão ainda em seus pecados. Jesus diz, “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes ” (Mateus 13:49-50). Aparte da graça de Deus, não há como escapar do castigo eterno da ira vingadora de Deus.
A Salvação de Deus
A situação do homem parece sem esperança. Como escaparemos da ira de Deus e da eterna destruição no inferno? Como podem os pecadores vir a conhecer a Deus intimamente e viver em comunhão com Ele? Como pode um pecador ser santo? É impossível para o homem. “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém” ( 14:4). Mas o que é impossível para o homem, é possível para Deus. O glorioso Criador, Sustentador e Governador do mundo é também o Salvador, que liberta do pecado, da morte e do inferno . Deus diz, “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador ” (Isaías 43:11). O Deus verdadeiro não é somente um Deus santo e justo que pune os pecadores, mas Ele é também um Deus de amor e graça, que mostra misericórdia. Em Sua graça e amor, Ele enviou a Jesus Cristo para efetuar a salvação . Deus, em Jesus Cristo, é o único Salvador.
Jesus Cristo é o eterno Filho de Deus que veio ao mundo e tomou sobre Si uma natureza humana. Ele é o Deus verdadeiro, mas é também um homem real. Em Cristo, “Deus se manifestou em carne ” (1 Timóteo 3:16). “ Seu nome é EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco" (Mateus 1:23). Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da virgem Maria. Depois de chegar à maioridade, pregou o evangelho por três anos e meio. Ele falou às pessoas sobre Deus, Sua Verdade e salvação. Curando os enfermos e até mesmo trazendo mortos à vida novamente, Ele mostrou o poder de Deus que salva pecadores. Em toda a Sua vida Ele amou, serviu e obedeceu a Deus perfeitamente. No final de Sua vida Ele foi tomado pelos ímpios, levado ao Calvário e cravado na cruz onde morreu, assim como Deus havia eternamente planejado. Depois de três dias no túmulo, levantou dentre os mortos. Ascendeu aos céus e está assentado à destra de Deus governando o mundo até que retorne para julgar os vivos e os mortos.
Por Sua morte sacrificial Cristo obteve salvação. Quando sofreu e morreu sobre a cruz, Ele carregou sobre o Seu próprio corpo os pecados daqueles que Deus escolheu salvar. “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus... ” (1 Pedro 3:18). Seus pecados foram contados como sendo de Cristo e Deus puniu a Cristo no lugar deles. Cristo pagou a dívida que eles deviam a Deus, para que obtivessem o perdão de seus pecados . Lemos, “Em quem [Cristo] temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados ” (Colossenses 1:14). Além do mais, toda a justiça de Cristo é contada como sendo deles; como se eles amassem, adorassem, servissem e obedecessem perfeitamente a Deus. Cristo o requerimento de Deus no lugar deles. “Porque, como pela desobediência de um só homem [de Adão] , muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um [de Cristo] muitos serão feitos justos ” (Romanos 5:19). A morte de Cristo salva os pecadores da ira e da condenação de Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus... ” (Romanos 8:1).
Cristo não somente obteve salvação por Sua obra sobre a cruz, mas também a aplica às vidas de todos aqueles que Deus escolheu salvar, de forma que eles realmente experimentam a salvação. Cristo os levanta da morte espiritual para a vida espiritual dando-lhes uma nova natureza, interna, espiritual, que O ama. Assim disse Deus, “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne ” (Ezequiel 36:26-27). Desse novo coração Cristo faz com que nasça fé e arrependimento , de forma que o novo filho de Deus se volte de seus pecados, e pela fé adore e sirva ao Deus verdadeiro, mesmo que imperfeitamente. Ele chega a conhecer a Deus como Seu Salvador de uma maneira íntima e pessoal. Deus caminha e fala com ele de forma que têm comunhão um com o outro. “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna ” (1 João 5:20). Cristo traz os crentes à comunhão com o Deus vivo e verdadeiro.
Esta salvação não é obra do homem. Não podemos pensar, dizer e nem fazer nada pela nossa salvação. Ela é uma obra de Deus somente. A Bíblia diz de Deus, “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus... ” (2 Timóteo 1:9). Deus salva por Sua graça somente . A salvação não é algo que mereçamos. Ela é um dom que é dado livremente através de Jesus Cristo. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie ” (Efésios 2:8-9). Ninguém pode se gloriar de contribuir com algo para sua salvação. A salvação “não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece ” (Romanos 9:16).
Verdadeira Fé
Visto que Deus salva dando fé ao pecador, a salvação é impossível sem fé. Ninguém pode ser um verdadeiro filho de Deus sem fé . “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe [a Deus] ; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece ” (João 3:36). Você quer escapar da ira de Deus e da eterna destruição no inferno? Está sobrecarregado com o peso dos seus pecados e busca o perdão? Deseja conhecer a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo e, então, desfrutar a bênção da vida eterna? Jesus diz, “Tende fé em Deus ” (Marcos 11:22). Um homem perguntou certa vez, “Que devo fazer para ser salvo? ” Lhes responderam: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa ” (Atos 16:30-31). Deus ordena que você creia!
O que é fé verdadeira? Fé é três coisas:
É o conhecimento de certos fatos sobre Deus, Cristo, o homem e a salvação.
É o reconhecimento daqueles fatos como verdades.
É a confiança e a segurança no Deus verdadeiro e em Seu Filho Jesus Cristo como o seu Salvador.
No que você deve crer?
Você deve crer que Deus é o glorioso Criador, Sustentador e Governador do mundo. Que você é dependente dEle em todas as coisas.
Você dever crer que é seu dever amar, adorar, servir e obedecer a Deus. O grande e glorioso Deus é digno de sua reverência e honra.
Você deve crer que você é um pecador que não pode cumprir o seu dever para com Deus. Que você merece o tormento eterno no inferno.
Você deve crer que Deus enviou o Seu Filho primogênito, Jesus Cristo, para salvar pecadores. Cristo obteve a salvação morrendo sobre a cruz e derramando Seu precioso sangue. Ao terceiro dia Ele ressuscitou dentre os mortos como o vitorioso Salvador. Não há salvação aparte dEle.
Você deve crer que Deus em Cristo é o seu Salvador. Aquele que te livra dos pecados e lhe dá a vida eterna.
O arrependimento verdadeiro é três coisas:
É o reconhecimento do fato que você é deveras um pecador que necessita de salvação.
É uma tristeza piedosa por causa de seus pecados. Você não lamenta somente as más conseqüências dos seus pecados. Você se entristece pelo fato de que você tem pecado contra Deus, o seu Criador, Sustentador e Governador.
É o apartar-se dos pecados e abandoná-los. Você já não busca mais viver uma vida ímpia, mas busca a Deus e Sua justiça.
A fé verdadeira enche o coração do crente com gratidão de forma que agora ele deseja obedecer a Deus. Isto o faz ver quão maravilhoso Deus é em salvá-lo de seus pecados. Ele ama a Deus e quer fazer tudo o que Deus lhe ordena. Embora não possa obedecer a lei de Deus perfeitamente, ele procura guardar os Seus mandamentos. Jesus diz, “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14:15). O verdadeiro crente mostrará o seu amor para com Deus atendendo fielmente aos serviços de adoração de uma igreja, onde ele ouve a pregação da Palavra de Deus, a Bíblia. Ele lerá e estudará a Bíblia diariamente. Apresentar-se-á diante de Deus em oração todos os dias. O resto de Sua vida será devotado a aprender mais e mais sobre o verdadeiro Deus e Seu Filho Jesus Cristo.
A pessoa que tem a verdadeira fé não pensa que sua fé, arrependimento, amor e obediência são provenientes de seu próprio esforço. Ela não pensará que estas coisas são sua parte na salvação, como se tivesse ajudado a Deus. Ela sabe e crê que todas estas coisas são uma parte da salvação que Deus dá como um dom gratuito . Ela não pode ter fé, arrependimento, amor e obediência sem a graça de Deus operando estas coisas em seu coração e vida. Jesus diz, “...sem mim nada podeis fazer ” (João 15:5). Nem tampouco pensa que por sua fé, arrependimento, amor e obediência, ela está cumprindo o requerimento de Deus por si mesma. Ela crê que sua salvação é baseada unicamente sobre a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Você Conhece o Deus Verdadeiro?
Você conhece o Deus verdadeiro e Seu Filho Jesus Cristo? Você conhece a bem-aventurança de se ter a vida eterna?
Se não, “O mandamento de Deus é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo... ” (1 João 3:23).
Se você já creu, procure conhecer melhor a Deus e a Seu Filho.
Jesus diz, “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Se você tem qualquer dúvida sobre o que leu ou se você deseja aprender mais sobre Deus, nos escreva e peça mais informação.
Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo NetoCuiabá-MT, 10 de Março de 2004.
Estudo tirado do blog teologia e vida.